Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Criação da CPI do MEC apavora governo Bolsonaro e Centrão
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Na Live UOL de terça-feira (28) falei sobre o pedido de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito que deve investigar as denúncias de corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação.
O documento, assinado por 31 senadores, foi entregue pelo líder da oposição no Senado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Apesar do número de assinaturas - quatro a mais do que o mínimo necessário para que o requerimento pudesse ser protocolado -, é importante lembrar que o "feirão" do Congresso Nacional está aberto e que quem já assinou ainda pode retirar seu nome do documento.
Para tentar impedir a abertura da CPI, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, tem dado seus telefonemas, com a promessa de liberar cargos e verbas, em troca da retirada de assinaturas. A articulação confirma que o governo tem medo da comissão e, na prática, serve como confissão de que há mesmo sujeira no MEC.
Em apenas dois dias, logo após a prisão do ex-ministro Milton Ribeiro, o governo Bolsonaro liberou 3,2 bilhões de reais do orçamento secreto, o mecanismo bolsonarista de compra de apoio e blindagem parlamentar, ou seja, o mensalão institucionalizado.
A CPI chega em um momento de urgência, em que várias circunstâncias obrigam os parlamentares a abrir uma outra frente de investigação de elementos bastante comprometedores, em um cenário em que não havia garantia de que ela avançaria sozinha, já que o próprio delegado responsável pelo caso denunciou que houve interferência na Polícia Federal com o objetivo de blindar o governo Bolsonaro.
Assista à integra da Live UOL, na qual falamos também sobre outro ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, que disse que é preciso "desmascarar quem domina o Exército brasileiro"; sobre as críticas de Bolsonaro à pesquisa DataFolha, que segundo ele deveria ser investigada; e sobre o pai do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que xingou um manifestante durante evento com Bolsonaro, em Maceió.
Com Madeleine Lacsko, debato os principais assuntos do país diariamente, das 17h às 18h, com transmissão ao vivo nos perfis do UOL no YouTube, no Facebook e no Twitter.
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