Espanhol sequestrado em SP foi preso por fraudes no Paraguai e no Equador
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Vítima de um sequestro em São Paulo, o cidadão espanhol Rodrigo Pérez Aristizábal, de 25 anos, tem um histórico de prisões por fraudes em pelo menos dois países da América do Sul, Paraguai e Equador.
Ele afirma ter sofrido um sequestro na semana passada por um grupo criminoso que incluiria sete pessoas, entre elas dois policiais civis, um policial militar e até sua namorada, a cidadã paraguaia Gulistan Luana Bektas Lopez, de 21 anos de idade.
Aristizábal afirma ter sofrido um prejuízo de R$ 287 milhões. O valor teria sido retirado em criptomoedas de uma conta no banco Capilanz Bank, do qual ele diz ser dono.
Ele se apresenta como empresário e mora há cerca de três meses no Ipiranga, um bairro de classe média na zona sul de São Paulo.
Apesar de afirmar ser dono de uma fortuna em criptomoedas, o cidadão espanhol tem passagens por cadeias do Paraguai e do Equador por não pagar contas.
A coluna tenta entrar em contato com Aristizábal. Se ele se pronunciar, o texto será atualizado.
Prisões em Assunção e Manta
No dia 28 de julho de 2021, ele foi preso em Assunção pela acusação de fraudar compras com cartões de crédito, que não eram efetuadas, gerando prejuízos a comerciantes da capital paraguaia.
Em entrevista a uma televisão do país, Aristizábal afirmou que "tudo não tinha passado de um mal-entendido".
Ele já tinha sido detido meses antes, por uma acusação de fraude semelhante.
Em outubro de 2020 ele se hospedou por cinco dias no Hotel Poseidon na cidade turística de Manta, no litoral equatoriano. Ele foi preso em flagrante ao tentar evitar o pagamento de uma conta no valor de 1.300 dólares.
De acordo com informe da polícia equatoriana, Aristizábal foi denunciado pelo dono do hotel e preso pelo crime de fraude. O empresário teria afirmado que chegou ao Equador, vindo da Colômbia, para firmar negócios. Ele se apresentava como dono de uma companhia aérea, além de várias outras empresas.
Aristizábal tentou pagar a conta com um cartão de crédito com tarja colombiana, mas o pagamento não foi autorizado.
Ainda não está claro como Aristizábal saiu da prisão nas duas ocasiões.
Sequestro em São Paulo
As circunstâncias da presença de Aristizábal levaram a Polícia Federal a fazer uma investigação paralela à do sequestro, que é conduzida pela Dope (Divisão Antissequestro do Departamento de Operações Policiais Estratégicas).

Além do PM Ronaldo da Cruz Batista também são investigados outros dois policiais civis (Thiago Gouveia dos Santis e outro identificado apenas como Moreno).
O advogado Erich Luís Amorim de Oliveira defende os três agentes. Ele disse que irá provar a inocência dos clientes e que o caso terá uma reviravolta.
26 comentários
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Antonio Augusto
Está na hora da imprensa parar de tratar qualquer golpista estelionatário pilantra como “empresario”. Sou empresário, trabalho com seriedade todos os dias do ano, pago todos os impostos e todos os compromissos financeiros pessoais e das minhas empresas, e isto me deixa profundamente ofendido. Qual é a empresa deste rapaz? Quantos funcionários ele tem? Qual é o CNPJ? No Brasil, se for pego com uma mala de dinheiro roubado ou dirigindo qualquer veículo “de luxo”, vira instantaneamente “empresário” na polícia e na imprensa. Leío diariamente a imprensa estrangeira e nunca vi estelionatário ser chamado de “empresário” fora do Brasil. Só aqui mesmo nesta taba indígena (me desculpem os índios, mas é isso que somos)
Vagner Romero
Banqueiro internacional, com pelo menos 280 milhões de patrimônio, e escolheu vir para o Brasil e morar no Ipiranga? Çei...
Raymond Kappaz
Veio para o país certo.lkkkk