Coronavírus deixa 290 milhões de crianças sem escola
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O coronavírus deixa mais de 290 milhões de crianças fora das escolas. Dados publicados hoje pela Unesco revelam que 13 países já cancelaram as aulas e deixaram uma parcela de seus jovens até mesmo sem a possibilidade de ir às universidades.
O número, segundo a entidade, é sem precedentes por conta de um surto. Além do fechamento de escolas em 13 países, outros nove governos suspenderam parcialmente as aulas ou reduziram atividades no setor público de educação.
Se esses nove governos caminharem para o fechamento total dos estabelecimentos de ensino, o mundo poderá ver mais de 450 milhões de menores fora das escolas.
O primeiro país a tomar tal decisão foi a China. Mas, nas últimas semanas, governos europeus têm caminhado na mesma direção. Na Itália, nesta semana, o governo declarou a suspensão de todas as aulas.
As escolas também estão fechadas no Irã, Coreia do Norte, Armênia, Azerbaijão, Japão, Kuwait e outros.
Na Suíça, as escolas não fecharam. Mas os pais dos alunos passaram a ser proibidos de entrar nos estabelecimentos.
Em alguns países, o fechamento das escolas atinge apenas algumas regiões mais afetadas pelo vírus. Isso vem ocorrendo na França, Alemanha, Reino Unido e EUA.
Ainda que entenda os motivos do fechamento das escolas, a Unesco está preocupada. O temor é de que, se o surto se prolongar, as crianças poderão ser prejudicadas em seu aprendizado. O impacto para famílias também é considerado como grande, já que a suspensão das aulas exige que um dos pais fique em casa para cuidar das crianças, afetando a renda das famílias.
Uma das recomendações da Unesco é para o uso de educação à distância, caso e fato a suspensão de aulas for estabelecida por um longo período.
No esforço de lidar com essa nova realidade, a Unesco organiza uma reunião de emergência de ministros da Educação. O evento está sendo programado para ocorrer no dia 19 de março e visa estabelecer prioridades e avaliar estratégias. Mesmo essa reunião ocorrerá por videoconferência.
"Estamos trabalhando com alguns países para garantir a continuidade da aprendizagem para todos, especialmente para crianças e jovens desfavorecidos, que muitas vezes são os mais atingidos pelo fechamento de escolas", disse a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay.
"A escala global e a velocidade da atual interrupção educacional é inigualável e, se prolongada, pode ameaçar o direito à educação", alertou Azoulay.
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