PIB mundial deve sofrer contração de quase 1%, diz ONU
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A economia mundial caminha para registrar uma contração de seu PIB de 0,9% em 2020, como resultado da pandemia do coronavírus. O alerta é da ONU, que indica que essa seria a primeira contração global em mais de uma década. A queda, porém, pode ser ainda maior e dependerá da duração da pandemia e das medidas de restrição.
Em 2009, como resultado da crise financeira, a economia mundial perdeu 1,7% de seu PIB. Agora, com o fechamento das fronteiras de mais de cem países e a paralisação industrial, o impacto promete voltar a ser profundo.
"O cenário se baseia em choques do lado da demanda de diferentes magnitudes em relação à China, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos e UE, bem como uma queda de 50% no preço do petróleo", explicou.
Antes de a pandemia atingir o planeta, a previsão da ONU era de uma expansão de 2,5% no PIB em 2020, uma taxa já considerada como baixa. Caso as restrições sejam mantidas por um período mais prolongado, a queda de 0,9% para o ano pode ser ampliada. "O crescimento global poderia mergulhar ainda mais se as restrições aos movimentos e atividades econômicas nestas economias se estendessem para além do segundo trimestre", indicou.
Em qualquer dos cenários traçados pela ONU, os próximos cinco anos seriam de crescimento baixo. Entre 2021 e 2025, a taxa de expansão no mundo ficaria abaixo de 3%.
Um outro cenário mais positivo desenhado pela ONU aponta que, se houver um investimento massivo nas economias ricas e na China por parte dos governos, existe a possibilidade de que o mundo não entre em recessão. Mas, ainda assim, o crescimento global cairia para 1,2% em 2020.
Commodities
De acordo com a ONU, países que dependem das exportações de commodities podem ser especialmente afetados.
"À medida que a demanda mundial enfraquece em meio ao aumento das restrições de viagem, os preços do petróleo caíram para o nível mais baixo em quase duas décadas", indicou.
"Para muitas economias não dependentes do petróleo, o declínio das receitas relacionadas com os produtos de base e uma inversão dos fluxos de capital estão aumentando a probabilidade de problemas com a dívida", alertou.
"Particularmente em risco estão os exportadores de commodities com altos níveis de dívida externa", disse.
"A crescente pressão da dívida - e a probabilidade de uma crise da dívida - pode forçar muitos governos a reduzir drasticamente a despesa pública numa altura em que precisam de aumentar a despesa para conter a pandemia e apoiar o consumo e o investimento", completou.
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