Embaixada do Brasil em Paris é alvo de protesto para marcar 7 de setembro
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A embaixada do Brasil em Paris foi alvo de um protesto neste 7 de setembro, dia em que se comemora a independência do Brasil. Na França, o Itamaraty conta com um dos maiores defensores do bolsonarismo no exterior, o embaixador Luis Fernando Serra. Há poucos meses, ele criticou o jornal Le Monde pela cobertura realizada sobre a pandemia no Brasil.
O ato, nesta segunda-feira, contou com fumaça preta e vermelha, numa referência ao anti-fascismo. O protesto foi organizado por artistas e militantes brasileiros residentes na Europa.
No canteiro central da rua diante do prédio da embaixada, uma fileira de pessoas, em silêncio e vestidas de preto, simbolizava o luto pelos mortos pelo Covid e pelas outras vitimas das medidas do governo Bolsonaro, consideradas pelo grupo como sendo "genocidas".
Essa não é a primeira vez que o local é alvo de um protesto. Em maio, a embaixada amanheceu com cartazes em protestos contra o presidente Jair Bolsonaro. No muro do local, num dos bairros mais sofisticados da capital francesa, placas e cartazes pediam a saída do presidente, com bandeiras brasileiras com cores negras. O autor do protesto foi o artista Julio Villani.
Os protestos contra embaixadas brasileiras no exterior passaram a ser uma nova realidade das missões do país no exterior. Durante a reunião do G-7, protestos pelo mundo traziam fotos de Bolsonaro e a Amazônia em chamas.
Em setembro de 2019, o consulado do Brasil na cidade de Zurique amanheceu pichado de cores vermelhas, às vésperas do encontro mundial na ONU sobre o clima, e com vidros quebrados.
Antes, foi a embaixada do Brasil em Londres que foi alvo de atos parecidos. Em Berlim, a embaixada do País já havia sido pichada em duas ocasiões, com frases de ataques a "fascistas".
A polícia da Alemanha investiga se existe alguma motivação política que explique os incidentes contra a representação brasileira.
De acordo com o inquérito inicial, pessoas quebraram os vidros da entrada do prédio e uma tinta rosa e negra foi jogada contra o muro. O incidente teria ocorrido de madrugada, deixando 16 janelas quebradas. Segundo a imprensa local, os danos podem ter chegado a 100 mil euros.
A segurança do prédio indicou para a polícia que quatro pessoas fizeram parte do ataque, com barras de ferro, extintores e ovos.
Na Nova Zelândia, um escritório brasileiro também foi alvo de um ato. Ao UOL, o Itamaraty confirmou que medidas de segurança tinham sido tomadas em diversos postos pelo mundo.
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