Europa anuncia vacinação a partir do dia 27
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Resumo da notícia
- Agência de Medicamentos: não existem sinais de que vacina não funcione em nova vertente do vírus descoberta no Reino Unido
A Agência de Medicamentos da UE (União Europeia) aprovou a implementação da vacina da Pfizer/BioNTech, indicando para uma eficiência de 95% do produto. A decisão de recomendar oficialmente o uso do produto, anunciada nesta segunda-feira (21), abre espaço agora para que o bloco inicie uma campanha de vacinação em massa de forma coordenada.
Segundo a UE, todos os países europeus começarão a vacinação a partir do dia 27 de dezembro, com cada um deles recebendo doses. Mas a aprovação é condicional, e a empresa terá de submeter mais dados em 2021 para os responsáveis pela agência.
Os dados de reações alérgicas em outros países levaram os europeus a obrigarem as pessoas que receberem a vacina a permanecerem sob observação por pelo menos 15 minutos depois de receber a dose.
Há também uma falta de informação sobre o impacto da vacina em mulheres grávidas e a agência indica que terá de acompanhar o caso nos próximos meses.
O bloco comprou 300 milhões de doses —o suficiente para imunizar 150 milhões de europeus, já que são necessárias duas doses por pessoa. O bloco ainda fechou um acordo para adquirir 160 milhões de doses da empresa americana Moderna.
"Esse é um momento decisivo em nossos esforços para entregar vacinas seguras e eficazes aos europeus. Agora vamos agir rapidamente", prometeu a presidente da Comissão.
Vacina é eficiente também diante de mutação do vírus
De acordo com a agência, não há sinais de que a vacina não funcione diante da mutação identificada no vírus, no Reino Unido, que isolou o país do restante da Europa. Para a organização, porém, as novas informações precisam ainda ser avaliadas para se saber o que elas de fato representam.
Segundo os técnicos da EMA —sigla que identifica a agência de medicamentos da UE—, o vírus terá de mudar "substancialmente" para que a vacina não funcione. "Pelo momento não estamos preocupados", disse a agência.
Na avaliação da agência, houve um consenso entre os conselheiros da entidade de que os benefícios da vacina superavam em todos os sentidos os eventuais problemas que ela possa causar.
A vacina já havia sido aprovada para o uso emergencial no Reino Unido e de forma permanente no fim de semana pelo governo da Suíça. Nos Estados Unidos, a aprovação também já havia sido concedida, assim como em outros 12 países.
Na Europa, a demora em uma aprovação havia gerado duras críticas por parte de políticos em diferentes partes do continente. A agência, assim, foi obrigada a antecipar a reunião prevista de 29 de dezembro para esta segunda-feira.
Pela decisão, fica recomendando que a vacina seja licenciada para uso em pessoas com mais de 16 anos de idade. "Esta é realmente uma conquista científica histórica", disse Emer Cooke, a chefe da agência. "É um passo significativo na nossa luta contra a pandemia".
A chefia da BioNTech também comemorou. "Hoje é um dia particularmente pessoal e emocional para nós", disse Ugur Sahin, cofundador da empresa. "Estando no coração da UE, estamos entusiasmados por estarmos um passo mais perto de entregar potencialmente a primeira vacina na Europa para ajudar a combater esta pandemia devastadora", afirmou.
A agência, agora, planeja realizar uma reunião em 12 de janeiro para decidir se a vacina contra o coronavírus feita pela Moderna deve ser licenciada. Já a coordenação entre a Universidade de Oxford e AstraZeneca sequer fez um pedido oficial para que a EMA considere sua vacina.
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