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Jamil Chade

Brasil soma 2o maior número de jornalistas mortos por covid-19 no mundo

Coletiva de imprensa na Casa Branca - Joyce N. Boghosian/Official White H
Coletiva de imprensa na Casa Branca Imagem: Joyce N. Boghosian/Official White H

Colunista do UOL

05/01/2021 08h42

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O Brasil foi o segundo país com o maior número de jornalistas mortos por conta da covid-19. Os dados foram publicados nesta terça-feira em Genebra pela entidade Press Emblem Campaign (PEC). Em dez meses da pandemia, o mundo registrou 602 profissionais da imprensa que sucumbiram ao vírus. Mas o que chama a atenção da entidade é que mais da metade estava na América Latina, que lidera com 303 mortes.

A Ásia vem em seguida com 145 mortes, à frente da Europa, com 94, América do Norte, 32, e África com 28 óbitos.

Na soma geral, o Brasil tem o terceiro maior número de pessoas infectadas pela covid-19 no mundo e o segundo lugar entre os locais com maior número de mortos, mais de 196 mil.

"Devido a sua profissão, jornalistas que vão a campo testemunhar os acontecimentos estão particularmente expostos ao vírus. Alguns deles, especialmente autônomos e fotógrafos, não podem trabalhar em casa remotamente", afirmou o secretário-geral da PEC, Blaise Lempen.

O maior número de mortos entre jornalistas ocorreu no Peru, com 93 profissionais de mídia mortos pelo coronavírus desde Março. O Brasil é o segundo com 55 vítimas, à frente da Índia (53 mortos) e México (45 óbitos).

A lista ainda conta com o Equador, com 42 mortos, e Bangladesh, com 41. A Itália é o país Europeu mais atingido, com 37 jornalistas mortos em decorrência da Covid-19.

Apesar de liderar em número de mortes totais, os EUA aparecem apenas na oitava posição na soma apenas dos jornalistas. Foram contabilizadas 31 vítimas de covid-19 no país, contra 22 no Paquistão, 17 na Turquia e 13 no Reino Unido.

Em Dezembro, as maiores altas foram registradas no Brasil, com 12 novas mortes em um mês, e no México (+11).

Na avaliação da entidade, o número real de vítimas é certamente mais alto. Tampouco é possível
determinar se o jornalista que adoeceu foi contaminado por causa do trabalho ou em suas vidas privadas.

A contagem da PEC é baseada em informações das respectivas mídias locais, associações nacionais de jornalistas e correspondentes regionais.