OMS pede que países não exijam comprovação de vacina para viagens
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Resumo da notícia
- Entidade também recomenda que autoridades ampliem o sequenciamento genético de amostras de vírus para identificar eventuais mutações
- OMS pede que não se identifique as variantes a partir de nomes de nacionalidades e países
Diante da falta de vacinas contra a covid-19 pelo mundo, a OMS recomenda que governos não passem a exigir vacinação ou provas de imunidade para viagens internacionais. Para a entidade, medidas para barrar a entrada de pessoas de um país devem ser tomadas com base na ciência e conduzidas de forma transparente.
As recomendações fazem parte das conclusões da reunião de emergência da OMS que, nesta semana, foi convocada diante da explosão de novos casos pelo mundo e do surgimento de novas variantes do vírus.
"Dado que o impacto das vacinas na redução da transmissão ainda é desconhecido, e a disponibilidade atual de vacinas é muito limitada, o comitê recomendou que os países não exijam provas de vacinação dos viajantes que chegam", disse a OMS, em um comunicado.
De acordo com a OMS, não existem ainda provas suficientes de que a vacina impeça a transmissão. Portanto, uma pessoa mesmo imunizada poderia, ao viajar, transmitir a doença. O carnê de vacinação, portanto, seria inútil.
Rejeitar a existência de uma espécie de passaporte imunológico, porém, não significa que os viajantes possam ignorar o restante das recomendações dos governos, entre eles o isolamento, quarentena ao desembarcar e eventuais outros testes.
Outro aspecto considerado é a questão de barrar certas nacionalidades de realizar viagens, com base no surgimento de novas cepas do vírus.
"O comitê de emergência da OMS aconselhou os países a implementar medidas coordenadas e baseadas em evidências para viagens seguras e a compartilhar com a OMS as experiências e melhores práticas aprendidas", disse.
Nesta semana, o Reino Unido barrou a entrada de brasileiros, num esforço de evitar que variante da covid-19 identificada em brasileiros desembarque em seu território.
Para a OMS, medidas dessa natureza ainda precisam ser adotadas por um período específico de tempo, coerente com o eventual risco.
Mutações: OMS pede ampliação de sequenciamento de vírus
Outro aspecto fundamental apontado pela OMS é a necessidade de que governos e autoridades realizem uma "expansão global do seqüenciamento genômico e compartilhamento de dados, juntamente com uma maior colaboração científica para tratar de incógnitas críticas".
A OMS ainda pediu que um protocolo seja estabelecido para nomear as diferentes variantes do vírus e que, assim, se evite nomes geográficos. O temor é de que isso aprofunde xenofobia contra grupos diferentes e abra crises políticas mais amplas.
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