Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Doses da OMS sofrerão atraso e Brasil será afetado
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Por conta de uma decisão do governo da Índia de suspender temporariamente todas as exportações de vacinas e por problemas técnicos em um laboratório na Coreia do Sul, o consórcio mundial criado para distribuir doses do imunizante para os países mais pobres do mundo e emergentes admite que não conseguirá cumprir o cronograma de entregas de vacinas para março e nas próximas semanas. O Brasil, segundo a coluna apurou, será um dos países afetados.
As entidades que atuam no mecanismo Covax Facility, entre elas a Unicef, confirmam que o planejamento de abastecimento de vacinas em diversas partes do mundo será afetado. Mas não da detalhes.
O consórcio, criado pela OMS, apostava em grande parte em vacinas fabricadas pela Oxford/AstraZeneca. Mas existe um risco de que 90 milhões de doses que estavam sendo esperadas para março e abril não conseguirão chegar aos seus destinos.
O Brasil comprou 42 milhões de doses do consórcio e esperava receber 9 milhões desse total até o final de maio. Para março, o total planejado era de 3 milhões. Mas, por enquanto, foi abastecido com apenas 1 milhão de doses e, diante da nova situação, não há ainda data para a chegada do restante das encomendas.
As vacinas destinadas ao Brasil estavam sendo fabricadas em um laboratório na Coreia do Sul. "A Covax facility informou aos participantes que volumes da AstraZeneca-Oxford produzidos na Coreia do Sul serão inferiores ao que se planejava para março", declarou da Unicef, uma das coordenadoras do projeto.
Há a possibilidade de que o atraso seja compensado por entregas mais substanciais ainda em abril e maio.
Um segundo obstáculo vem da produção na Índia, também sublicenciada pela AstraZeneca e com sua produção destinada aos países mais pobres. No caso, o Serum Institute of India passou a ser alvo de uma decisão do governo de Nova Déli para suspender qualquer exportação de vacinas.
"As entregas de vacinas às economias de menor renda que participam da Covax enfrentarão atrasos após um retrocesso na obtenção de licenças de exportação para novas doses de vacinas produzidas pelo Instituto Soro da Índia, que deverão ser enviadas em março e abril", disse a Gavi, entidade especializada em vacinas e que coordena o trabalho da Covax.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.