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Família de brasileiro é resgatada de Cabul; segundo grupo ainda aguarda
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Resumo da notícia
- No total, 14 pessoas tinham solicitado ajuda do Brasil para deixar o Afeganistão
- Primeira família resgatada conseguiu embarcar para a Espanha e, de lá, segue para o Brasil
- Governos europeus encerram operações de evacuação
Uma família brasileira que havia solicitado resgate do governo federal para deixar Cabul, no Afeganistão, conseguiu embarcar num voo para a Espanha e, de lá, seguirá para o Brasil. Uma segunda família ainda aguarda para ser retirada do local, enquanto governos europeus anunciam o fim de suas operações de evacuação e o prazo para a retirada das tropas estrangeiras se aproxima, no dia 31 de agosto.
A identidade das famílias não foi revelada. O Itamaraty tinha enviado telegramas solicitando a ajuda de governos europeus para conseguir evacuar brasileiros que ainda se encontram no Afeganistão.
A esperança do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) era que os brasileiros conseguissem embarcar em algum dos voos humanitários organizados por países europeus para retirar seus cidadãos do Afeganistão.
A situação ficou ainda mais tensa com os atentados terroristas de ontem nas proximidades do aeroporto de Cabul. Nesta sexta-feira, a ONU (Organização das Nações Unidas) condenou os ataques e pediu que os responsáveis sejam levados à Justiça. "O ataque terrorista de ontem no aeroporto de Cabul foi uma ação horrenda da ISIL-Khorasan", declarou na manhã desta sexta-feira o porta-voz da ONU para Direitos Humanos, Rupert Colville.
Já na semana passada, três brasileiros naturalizados no Afeganistão tinham solicitado ao governo ajuda para serem evacuados. Trata-se de afegãos que, por diferentes motivos, obtiveram a nacionalidade brasileira.
Um dos desafios, porém, é que essas pessoas pediram que o governo brasileiro também retire do país seus familiares, que não contam com a nacionalidade brasileira. No total, portanto, seriam 14 pessoas solicitando essa ajuda.
Sem uma embaixada em Cabul, o governo brasileiro atua a partir de Islamabad, capital do Paquistão.
Um dos desafios é encontrar vaga para essas pessoas, faltando poucos dias para o fim da presença militar americana no Afeganistão.
Diversos países europeus já indicaram que estão concluindo a retirada de seus nacionais. Bélgica e Dinamarca completaram a evacuação, enquanto a França anunciou nesta quinta-feira que não conseguirá continuar com o plano de retirada depois de sexta-feira. Já a Holanda declarou que está interrompendo a operação para repatriar seus nacionais.
Há ainda o caso de um brasileiro que entrou em contato com a embaixada do Brasil no Paquistão, solicitando ajuda. Mas, desde seu primeiro contato, não mais voltou a solicitar uma evacuação e sequer foi encontrado.
No total, as potências estrangeiras já retiraram do Afeganistão cerca de 100 mil pessoas. Além de americanos, britânicos, franceses e funcionários de outras nacionalidades, milhares de afegãos que trabalhavam para esses governos também foram beneficiados por uma operação de evacuação.
O temor de muitos deles é de que fossem alvo de retaliações por parte do Talibã, por terem servido às autoridades americanas ou europeias. O grupo fundamentalista garantiu que não haveria revanche. Mas relatos recebidos pela ONU indicam que o Talibã cometeu crimes de guerra e crimes contra a humanidade, em seu avanço até Cabul.
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