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Jamil Chade

REPORTAGEM

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Esnobado por Bolsonaro, Charles se reúne com governadores brasileiros

Príncipe Harry ao lado do pai, Charles, e o irmão, William - Getty Images
Príncipe Harry ao lado do pai, Charles, e o irmão, William Imagem: Getty Images

Colunista do UOL

03/11/2021 18h42

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O príncipe Charles irá se reunir nesta quinta-feira com os governadores estaduais brasileiros durante a Conferência do Clima da ONU, a COP26. Em Glasgow, o herdeiro da coroa britânica buscará esclarecimentos sobre o que as autoridades estão planejando para permitir que metas de redução de emissões de gases de efeito estufa sejam atingidas e garantir a redução no desmatamento no país.

O encontro, porém, ocorre poucos dias depois que Charles foi esnobado pelo presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. No domingo, durante a cúpula do G20 em Roma, a presidência italiana organizou um debate sobre o clima com os líderes mundiais. Charles fez o discurso de abertura, dando o tom sobre a emergência da crise.

Mas, no encontro, uma ausência chamou a atenção: a de Bolsonaro. Em seu lugar, o Brasil foi apenas representado pelo chanceler Carlos França. Procurado, o Palácio do Planalto não deu respostas sobre a ausência do presidente brasileiro, insistindo que sua agenda não incluía o encontro sobre o clima com o monarca e os demais líderes.

Para esta quinta-feira, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, e que representa o Consórcio Verde, espera mostrar ao príncipe que existe uma ação real por parte dos governos estaduais brasileiros, cientes da urgência climática. Segundo ele, a figura de Bolsonaro faz com que o Brasil tenha uma "credibilidade baixa" no mundo.

"Mas a nossa mensagem é de que os governos estaduais têm um papel importante na implementação de ações"; disse, em entrevista ao UOL.

Segundo ele, as metas anunciadas pelo Brasil de redução de emissões de CO2 e de metano nos próximos anos foram importantes. "Mas o mundo agora quer saber como elas serão implementadas", disse. "O Brasil de Bolsonaro tem um histórico negativo e o mundo hoje tem uma postura de esperar ver para crer", comentou.