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ONU denuncia prisão de 12 mil pessoas na Rússia por protesto contra guerra
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A alta comissária da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, denunciou nesta terça-feira a repressão contra ativistas na Rússia e alertou que, na Ucrânia, a população civil está presa diante das hostilidades em diversas cidades.
Num discurso diante do Conselho de Direitos Humanos da ONU, a chilena alertou que na Rússia, "o espaço para discussão ou crítica de políticas públicas - incluindo sua ação militar contra a Ucrânia - é cada vez mais e profundamente restrito".
"Cerca de 12.700 pessoas foram arbitrariamente presas por realizar protestos pacíficos, antiguerra, e a mídia está sendo obrigada a utilizar apenas informações e termos oficiais", alertou.
"Continuo preocupada com o uso de legislação repressiva que impede o exercício dos direitos civis e políticos e que criminaliza o comportamento não violento. Definições vagas e excessivamente amplas - por exemplo, de extremismo ou incitamento ao ódio - levaram a interpretações legais que não estão em conformidade com as obrigações da Rússia em matéria de direitos humanos", disse.
Segundo ela, uma lei que criminaliza quem "desacredita" as forças armadas também preocupa, além dos ataques contra o trabalho dos defensores dos direitos humanos.
Já no território ucraniano, Bachelet insiste que o número de vítimas civis continua a crescer.
"Estou profundamente preocupada com os civis presos em hostilidades ativas em numerosas áreas, e exorto todas as partes a tomarem medidas eficazes para permitir que todos os civis - inclusive aqueles em situações de vulnerabilidade - deixem com segurança as áreas afetadas pelo conflito", pediu.
Segundo ela, seu escritório recebeu relatos de detenções arbitrárias de ativistas pró-ucranianos em áreas que recentemente ficaram sob o controle de grupos armados no leste do país, ligados às autoridades russas. Ela, porém, também indicou que recebeu relatos de espancamentos de pessoas consideradas pró-russos em territórios controlados pelo governo. "Repito meu apelo urgente para o fim pacífico das hostilidades", completou.
- Veja últimas informações da guerra na Ucrânia e mais notícias do dia no UOL News com Fabíola Cidral:
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