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UE adota carregador único para celulares; iPhone será afetado
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Se você não aguenta mais carregar na sacola diferentes carregadores para diferentes aparelhos ou destinar uma gaveta inteira para peças à beira de serem declarados como obsoletos, uma lei adotada hoje na Europa pode começar a dar fim a essa situação.
Depois de uma década de debates e pressões, o Parlamento Europeu aprovou nesta terça-feira uma nova norma que obriga todos os fabricantes de telefones a harmonizar as saídas para carregadores. As empresas de telefones terão dois anos para se adaptar e, a partir de 2026, a mesma regra será exigida também para laptops.
Na prática, Nokia, Huawei, Samsung, Apple e todas as demais empresas terão de incorporar a mesma entrada USB-C para smartphone, tablet ou outros pequenos dispositivos eletrônicos.
Trata-se da primeira lei dessa natureza no mundo, o que poderia colocar a Europa como uma espécie de modelo de padronização de uma tecnologia que revolucionou as comunicações.
A maior afetada seria a Apple e seu iPhone, que terão de passar por mudanças e um redesenho. Pela regra europeia, o padrão usado para o carregador será o modelo Android.
Tentando frear a aprovação da lei, a Apple chegou a alertar que o período de dois anos não seria suficiente e que, na prática, a nova norma iria gerar "um volume sem precedentes de lixo eletrônico".
A empresa também indicou que a lei iria frear inovação. Mas, nos bastidores e prevendo uma mudança, já começou desde o ano passado a trabalhar em um novo modelo de celulares. Hoje, apenas 21% dos carregadores vendidos no mundo são compatíveis com o iPhone.
Mas os deputados europeus não cederam e a nova lei foi aprovada por uma maioria esmagadora de parlamentares, com 602 votos a favor, 13 contra e 8 abstenções.
"Após mais de uma década, o carregador único para múltiplos dispositivos eletrônicos se tornará finalmente uma realidade na Europa", disse o deputado Alex Agius Saliba, autor do projeto.
O processo começou em 2009, quando a Comissão Europeia lançou um alerta diante da existência de mais de 30 tipos de carregadores no mercado. Para o bloco, a preocupação estava na questão do lixo eletrônico. Naquele momento, Nokia, Samsung e Apple, assinaram um acordo de intenções para tentar padronizar os modelos de carregadores.
Mas o entendimento fracassou e os reguladores europeus voltaram a entrar em cena para forçar, por lei, um novo modelo.
Bruxelas estima que, uma vez aplicada, a norma levará a uma economia de 250 milhões de euros por ano aos consumidores, além de reduzir o lixo eletrônico em quase mil toneladas por ano.
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