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Em reviravolta, posse de Lula pode ter presença de delegação de Maduro
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Numa reviravolta inesperada até mesmo para os assessores mais próximos de Luiz Inácio Lula da Silva, o governo eleito vive a expectativa de que a Venezuela seja autorizada a enviar uma delegação para a posse do novo presidente brasileiro.
No final da semana passada, a reportagem do UOL revelou que Lula havia desistido de ter no dia 1º de janeiro a presença de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela. O motivo era uma portaria ainda de 2019 emitida por Jair Bolsonaro que impedia que o governo de Caracas entrasse em território nacional.
A rejeição do Palácio do Planalto em aceitar revogar a portaria levou o governo eleito a explicar a situação para Maduro que, em conversas reservadas, indicou que entendia a situação. Lula, porem, queria toda a América do Sul reunida em Brasília, num gesto simbólico da retomada do processo de integração regional.
Mas, nesta quinta-feira, o governo eleito recebeu uma sinalização de que Bolsonaro poderia publicar na sexta-feira uma portaria revogando a proibição aos venezuelanos, o que permitiria em tese o desembarque de Maduro na posse.
Fontes diplomáticas, porém, indicaram que ainda vão aguardar a manhã da sexta-feira para ter certeza de que a portaria será publicada no Diário Oficial. Mesmo se for, fontes venezuelanas apontaram que uma viagem de Maduro não estaria assegurada. Um dos obstáculos seria a questão de segurança.
Uma opção seria o envio de uma delegação chefiada pela vice-presidência. Mas Caracas já foi alertada que uma brecha legal poderá ser estabelecida para a chegada de Maduro.
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