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Em nota com Biden, Lula faz críticas aos russos por invasão
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O governo brasileiro aceitou incluir uma referência direta aos russos na nota conjunta emitida com os EUA depois do encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Joe Biden.
No texto, os presidentes "lamentaram a violação da integridade territorial da Ucrânia pela Rússia e a anexação de partes de seu território como violações flagrantes do direito internacional e conclamaram uma paz justa e duradoura".
"Os líderes expressaram preocupação com os efeitos globais do conflito na segurança energética e alimentar, especialmente nas regiões mais pobres do planeta e externaram apoio ao funcionamento pleno da Iniciativa de Grãos do Mar Negro", afirmam.
O conflito ucraniano tem sido um dos pontos de discórdia entre Brasil e EUA. O governo brasileiro insiste que não participará de esforços da guerra, abastecimento de munição ou pressão política contra Moscou. Lula voltou a insistir na ideia de um grupo de países que possa dialogar e buscar formas de acabar com o conflito.
Mas sua proposta sequer foi mencionada no texto final. Os americanos insistiam que qualquer projeto deveria incluir um reconhecimento de que o violador do direito internacional é Vladimir Putin e que existe apenas uma vítima: o povo ucraniano.
Lula, que vinha adotando uma postura também de crítica à Otan, optou por não tocar no assunto de forma pública. Mas, em suas últimas declarações, passou a designar de maneira clara a Rússia como a potência invasora.
Democracia
Na nota conjunta, os dois presidentes ainda tocaram em pontos considerados como estratégicos. Um deles é a proteção da democracia.
"Como líderes das duas maiores democracias das Américas, o presidente Lula e o Presidente Biden comprometeram-se a trabalhar juntos para fortalecer as instituições democráticas e saudaram a segunda Cúpula pela Democracia, a realizar-se em março de 2023", disse.
"Ambos os líderes notaram que continuam a rejeitar o extremismo e a violência na política, condenaram o discurso de ódio e reafirmaram sua intenção de construir resiliência da sociedade à desinformação e concordaram em trabalhar juntos nesses assuntos", afirmou a nota.
Biden e Lula ainda dedicaram um trecho da nota a temas de direitos humanos. Eles "discutiram os objetivos compartilhados de fazer avançar a agenda dos direitos humanos por meio da cooperação e da coordenação em questões tais como inclusão social e direitos trabalhistas, igualdade de gênero, equidade e justiça raciais, e proteção dos direitos das pessoas LGBTQI+".
Conforme o UOL antecipou, o texto ainda destaca como Lula e Biden "assumiram o compromisso de revitalizar o Plano de Ação Conjunta Brasil-EUA para a Eliminação da Discriminação Étnico-Racial e Promoção da Igualdade, para benefício mútuo de comunidades raciais, étnicas e indígenas marginalizadas, incluindo pessoas de ascendência africana, em ambos os países".
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