Jamil Chade

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Ataques israelenses matam 11 funcionários da ONU

Os mísseis disparados por Israel contra a Faixa de Gaza mataram 11 funcionários da UNRWA, a agência das Nações Unidas para refugiados palestinos. Inicialmente, a chefe de comunicações da agência, Juliette Touma, havia informado que foram 9 mortos. O número aumentou horas depois.

As mortes ocorreram em decorrência dos ataques que destruíram suas casas. Entre as vítimas estão cinco professores e uma médica que atendia mulheres palestinas.

De acordo com a entidade, Israel tem a obrigação de evitar causar dano contra a população civil, sob o risco de eventualmente ser considerado como um crime de guerra. Na avaliação da ONU, tanto o Hamas como as forças israelenses devem ser questionadas sobre suas ofensivas militares.

A ONU fez um apelo para que o Hamas liberte os reféns israelenses e condenou os ataques contra civis em território de Israel.

Mas destacou que a resposta do governo de Benjamin Netanyahu já levou 187 mil palestinos a buscar abrigos em escolas da ONU em Gaza.

A agência da ONU anunciou também que sua sede na Cidade de Gaza foi alvo de mísseis, causando "danos significativos" no prédio.

Sede da NRWA, a agência das Nações Unidas para refugiados palestinos, atingida pelos bombardeiros de Israel em Gaza
Sede da NRWA, a agência das Nações Unidas para refugiados palestinos, atingida pelos bombardeiros de Israel em Gaza Imagem: Reprodução/X/NRWA

Todos os funcionários internacionais da ONU presentes em Gaza estão se abrigando em outro prédio dentro do mesmo complexo.

De acordo com os relatórios iniciais, os escritórios e os bens da UNRWA foram danificados. "Os prédios e instalações das Nações Unidas devem ser protegidos o tempo todo, inclusive em tempos de conflito", alerta a agência, num comunicado.

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Desde 7 de outubro, a UNRWA registrou danos colaterais e diretos a pelo menos 18 de suas instalações, incluindo escolas que abrigam civis deslocados.

Crise diplomática

Na terça-feira, Israel e a cúpula da ONU trocaram acusações e uma crise diplomática foi instaurada. O organismo internacional fez um apelo para que o governo de Benjamin Netanyahu cumpra com as regras internacionais e não ataque civis, alertando que o cerco contra Gaza poderia constituir um crime de guerra.

Mas o governo israelense reagiu com dureza, insistindo que seus alvos jamais são os civis. Os dados divulgados pela ONU apontam que a operação de resposta de Israel já atingiu 5.300 prédios em Gaza, gerou 187 mil deslocados e deixou 610 mil palestinos sem água potável.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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