Jamil Chade

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ONU diz que 2023 caminha para ser o ano mais quente já registrado

Depois de cinco meses de recordes sucessivos de temperatura, a Organização Meteorológica Mundial aponta que "quase certamente" o ano de 2023 será o mais quente desde que os registros começaram a ser coletados.

Num documento que circulou entre missões diplomáticas e cientistas, a agência ligada às Nações Unidas apontou que o anúncio oficial será realizado no final de novembro. Nada indica que a tendência já registrada em quase metade do ano perca força.

"O recorde mensal de temperatura global foi mais uma vez quebrado em outubro, dando continuidade a uma longa série de temperaturas extraordinárias na superfície terrestre e oceânica e baixo nível de gelo marinho", afirmou a agência. "Outubro foi o quinto mês consecutivo de temperaturas globais recordes", disse.

Isso significa que é quase certo que 2023 será o ano mais quente já registrado
Organização Meteorológica Mundial, ligada à ONU

O anúncio oficial está marcado para ocorrer no dia de abertura da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP28 — em 30 de novembro, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Até agora, os três anos mais quentes já registrados foram os de 2016, 2019 e 2020. No início de 2023, a entidade já havia alertado que os últimos oito anos foram os mais quentes já registrados em todo o mundo, impulsionados pelo aumento constante das concentrações de gases de efeito estufa e pelo calor acumulado.

A temperatura média global em 2022 foi cerca de 1,15 °C acima dos níveis pré-industriais (1850-1900). O ano passado foi o oitavo ano consecutivo (2015-2022) em que as temperaturas globais anuais atingiram pelo menos 1°C acima dos níveis pré-industriais.

Além da questão da temperatura, a agência indicou que "outubro marcou o sexto mês consecutivo em que a extensão do gelo marinho da Antártida permaneceu em níveis baixos recordes para a época do ano, com um valor mensal 11% abaixo da média".

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De acordo com o informe, a extensão média para outubro foi de 16,6 milhões de km² — 2 milhões de km² (ou 11%) abaixo da média de 1991-2020 para o mês de outubro.

"Essa foi a menor extensão para outubro por uma grande margem dentro do conjunto de dados de satélite de 45 anos, bem abaixo da menor extensão anterior de 5% abaixo da média registrada em outubro de 1986", afirmou.

Já a extensão do gelo marinho no Ártico atingiu seu sétimo valor mais baixo em outubro, 12% abaixo da média.

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