Jamil Chade

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Reportagem

Festival literário propõe amor e diversidade como antídotos ao extremismo

O Festival Literário Internacional de Paracatu - Fliparacatu - vai colocar no centro do debate o amor, a literatura e a diversidade como pilares da construção da democracia e antídotos contra a polarização e os extremismos. O evento acontece entre os dias 28 de agosto a 1 de setembro, reunindo mais de 50 autores nacionais e estrangeiros.

Com uma homenagem ao escritor Aílton Krenak e ao poeta Lucas Guimaraens, a cidade mineira vai acolher o festival pela segunda vez. Alguns dos principais nomes da literatura nacional estarão presentes, incluindo Conceição Evaristo, Eliana Alves Cruz, Sergio Rodrigues, Itamar Vieira Junior e Jeferson Tenório.

A programação ainda traz Bianca Santana, Edney Silvestre, Estevão Ribeiro, Geni Núñez, Juliana Monteiro, Léo Cunha, Matheus Leitão, Míriam Leitão, Simone Paulino, Marcia Tiburi, Ruth Manus, Taiane Santi Martins, Tino Freitas e Trudruá Dorrico.

Os destaques internacionais ficam para o italiano Roberto Parmeggiani e o francês Emmanuelle Arioli, assim como Igiaba Scego, autora ítalo-somali, que lança seu novo romance "Cassandra em Mogadício".

Scego, filha de imigrantes exilados na Itália durante a ditadura de Siad Barre na Somália, mistura seu italiano de origem com os sons da língua somali para compor ao mesmo tempo uma carta a uma jovem sobrinha, um relato histórico, uma genealogia familiar e um laboratório alquímico no qual o sofrimento se transforma em esperança graças às palavras.

Seu primeiro livro de memórias, Minha casa é onde estou (Nós, 2018), e seu romance La linea del colore (2020) ganharam os prestigiados prêmios italianos Mondello e Napoli. Em 2021, a autora também foi contemplada com o Prêmio Internacional Viareggio-Répaci. Por Cassandra em Mogadício (Editora Nós, no prelo), Scego foi indicada ao Prêmio Strega.

A ministra de Igualdade Racial, Anielle Franco, também fará parte da programação, que acontece na Gira Fliparacatu, um circuito cultural criado no centro histórico da cidade.

Com a curadoria e organização de Afonso Borges, Tom Farias e Sergio Abranches, o Fliparacatu tem como proposta ser um evento democrático, com o compromisso na liberdade de expressão, antiautoritarismo, antirracismo, equidade, ética e com livre acesso ao público.

Trata-se da segunda edição do evento, patrocinada pela Kinross, via Lei Rouanet do Ministério da Cultura, e tem o apoio da Prefeitura de Paracatu, Academia Paracatuense de Letras e Fundação Casa de Cultura.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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