Jamil Chade

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Reportagem

A 12 dias da eleição, Trump fica numericamente à frente de Kamala, diz WSJ

O candidato republicano Donald Trump aparece na liderança numérica numa pesquisa realizada pelo The Wall Street Journal. Faltando doze dias para uma das eleições mais apertadas da história americana, o ex-presidente que tenta voltar à Casa Branca teria 47% de apoio, contra 45% para a democrata Kamala Harris. Com a margem de erro de dois pontos para mais ou para menos sendo considerada, a corrida está tecnicamente empatada.

Nos sete estados que vão ser fundamentais para a eleição e que decidirão o vencedor do Colégio Eleitoral, Kamala Harris e Trump também estão praticamente empatados. Na segunda-feira, o jornal The Washington Post destacou essa tendência de um acirramento da corrida presidencial.

Já as últimas pesquisas do Marist College no Arizona, Geórgia e Carolina do Norte mostram disputas apertadas entre os candidatos.

No Arizona, Trump tem 50% contra 49% de Harris. A Carolina do Norte também tem Trump com 50%, enquanto Harris está com 48%. Os dois rivais ainda estão empatados com 49% na Geórgia.

Com um empate técnico, tanto Harris quanto Trump estão apostando em comícios nessas regiões para tentar convencer os últimos indecisos. A democrata viajará para atos ao lado do ex-presidente Barack Obama e Bruce Springsteen.

Mas o que a pesquisa do Wall Street Journal ainda revela é que Trump vem aumentando sua popularidade, enquanto Kamala Harris vem sendo um encolhimento de seus números, mesmo que de forma marginal.

Outro que vê sua popularidade aumentar é o candidato à vice-presidente, o senador JD Vance. Sua taxa aumentou de 40% para 45%, enquanto o governador de Minnesota e vice de Kamala, Tim Walz, teve uma ligeira queda, de 46% em agosto para 44% em outubro.

Fascista

Num sinal de que os últimos dias serão de tensão, Kamala Harris acusou Trump de ser "fascista". Num programa de entrevistas da rede CNN, na noite da quarta-feira, a atual vice-presidente alegou que o republicano é "cada vez mais instável e incapaz de servir".

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"As pessoas que trabalharam com ele na Casa Branca, na Sala de Crise, no Salão Oval, todos republicanos, a propósito, que serviram em seu governo, seu ex-chefe de gabinete, seu conselheiro de segurança nacional, ex-secretários de defesa e seu vice-presidente, todos o chamaram de inapto e perigoso. Eles disseram explicitamente que ele despreza a constituição dos Estados Unidos. Eles disseram que ele nunca mais deveria servir como presidente dos Estados Unidos", disse.

Em resposta à pergunta do jornalista Anderson Cooper, se Trump seria fascista, Harris respondeu: "Sim, eu acho".

Horas antes, foi a Casa Branca que disse que o presidente Joe Biden acreditava que Trump deveria tratado como um fascista.

Os comentários da secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, foram feitos um dia depois que artigos com o ex-chefe de gabinete de Trump, o general aposentado da Marinha John Kelly, quem disse que o ex-presidente se encaixa "na definição geral de fascista" e queria o "tipo de generais que Hitler tinha".

Kamala Harris disse que os comentários de Kelly mostraram que Trump "não quer um exército que seja leal à constituição dos Estados Unidos".

"Ele quer um exército que seja leal a ele, pessoalmente, que obedeça às suas ordens, mesmo quando ele lhes disser para violar a lei ou abandonar seu juramento à constituição dos Estados Unidos", disse a candidata.

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"Sabemos o que Donald Trump quer. Ele quer poder sem controle", completou.

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