Jamil Chade

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Deputados tentam usar caso Eduardo para convencer Trump a retaliar Moraes

Deputados da base de Donald Trump no Congresso americano querem reunir apoio para pressionar o presidente Donald Trump a adotar sanções contra o ministro Alexandre de Moraes.

O gesto é o primeiro ato dos americanos depois da saída de Eduardo Bolsonaro do Brasil. Conforme o UOL mostrou na terça-feira, a iniciativa do deputado foi tomada depois de conversas com a ala mais radical de Trump. A ideia era de que sua saída fosse seguida por um reforço da narrativa de que existe uma suposta ditadura no Brasil.

Nas redes sociais, o deputado Rich McCormick afirmou que "o fato de que @BolsonaroSP, o congressista mais votado da história do Brasil e filho do ex-presidente @jairbolsonaro, foi forçado a buscar exílio nos Estados Unidos demonstra a deterioração alarmante da democracia no maior país da América do Sul".

Por enquanto, Eduardo não solicitou oficialmente exílio. Mesmo assim, o deputado americano informou que, ao lado da parlamentar Maria Elvira Salazar, enviou uma carta à Casa Branca pedindo o uso do Global Magnitsky Act para tomar "medidas decisivas contra o ditatorial juiz da Suprema Corte do Brasil Alexandre de Moraes —e potencialmente contra seus cúmplices— nessas violações de princípios democráticos e direitos humanos".

Agora, eles pedem que outros deputados e senadores se unam à iniciativa.

Os dois deputados tinham estado com Eduardo Bolsonaro em fevereiro, como parte do lobby do brasileiro por ações contra o STF. Eles também são apoiadores de um projeto de lei para tentar impor sanções contra Moraes.

Eles já tinham feito pressão sobre a Casa Branca no começo do ano. Agora, a ideia é a de reforçar a pressão diante da presença de Eduardo Bolsonaro. Os termos usados pelos deputados, porém, não condizem com a realidade do brasileiro, que não pediu asilo nos EUA.

A Global Magnitsky Act, uma lei existente nos EUA desde 2016, permite que o governo americano adote sanções e congele ativos de qualquais pessoas que a Casa Branca considere que viola os direitos humanos.

"Nós encorajamos fortemente nossos colegas no Congresso e no Senado a se juntarem a nós na assinatura desta carta em defesa da liberdade nesta nação criticamente importante", diz a nota.

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Na carta, de 25 de fevereiro, os deputados apontam que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi indiciado no Brasil, mas alegam que isso seria "uma tentativa flagrante do regime brasileiro de afastar o principal candidato para a eleição do próximo ano".

"O indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro não tem a ver com justiça, mas sim com a eliminação da concorrência política por meio de lawfare judicial, assim como o presidente Trump foi alvo antes de fazer o maior retorno político da história", apontaram.

Repetindo a narrativa de desinformação por parte do bolsonarismo, eles alegam que Moraes "transformou o judiciário brasileiro em uma arma para esmagar a oposição, proteger o presidente Lula e manipular a eleição de 2026 antes que um único voto seja dado".

Sem trazer provas e distorcendo os fatos, os deputados indicam que as ações de Moraes "são um ataque direto à democracia, à liberdade de expressão e ao estado de direito, e solicitamos respeitosamente que o senhor tome medidas para garantir que o Brasil celebre uma eleição livre e justa em 2026".

Objetivo é internacionalizar o caso

Um dos objetivos do movimento de extrema direita é de internacionalizar a situação no Brasil. "Moraes não é apenas um problema para o Brasil, ele é uma ameaça crescente para os Estados Unidos", insistem. "Ele já tentou censurar empresas americanas, suprimir a liberdade de expressão e minar a soberania digital americana. Seu ataque a plataformas como X e Rumble levou a ações judiciais da Trump Media, expondo seu flagrante desrespeito à lei dos EUA e às proteções da Primeira Emenda da nossa Constituição", afirmam, omitindo as violações das empresas no Brasil.

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Para eles, houve "fraude nas eleições" e, portanto, há uma necessidade de "sanções imediatas por parte dos EUA".

Para eles, Moraes e seus auxiliares devem enfrentar "consequências reais, incluindo sanções Magnitsky, proibição imediata de vistos e penalidades econômicas".

"O Presidente e o Departamento de Estado têm autoridade para tomar essas medidas, e Moraes deve responder por suas violações de direitos humanos e ações antidemocráticas. Se não fizermos nada, estaremos sinalizando que os Estados Unidos tolerarão a tirania judicial que ameaça não apenas a democracia do Brasil, mas também nossos próprios interesses nacionais", completam.

Alerta contra o Brasil

No mês passado, o Departamento de Estado lançou o primeiro alerta contra o Brasil. Nas redes sociais, a diplomacia americana criticou a suposta censura no Brasil.

O UOL obteve confirmações que, nos bastidores, a extrema direita tentará usar a viagem de Eduardo Bolsonaro para acelerar algum tipo de ação contra o Brasil.

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No governo, o temor é de que a movimentação se intensifique e que haja uma ingerência real dos EUA no processo eleitoral de 2026.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

253 comentários

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Mauricio Florencio Cuesta

não foi buscar nada fugiu como seu pai covarde

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Joao Batista Correia Lima Neto

As sanções contra abuso de poder, censura e excessos cometidos, deveriam ser adotadas pelo legislativo brasileiro e não pelo legislativo de outro país, mas os presidentes do senado e do congresso federal são submissos e morrem de medo do STF. Por que será que se borram de medo dos tribunais superiores de justiça? Quem não deve não teme! A maior parte do legislativo brasileiro só está preocupada com os próprios interesses ou os intere$$es dos amigo$. Não está nem aí para o Brasil e o povo brasileiro.

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Fabio Benitez Correa

Eu li só o começo porque acho que ocorreu um problema na tradução. Devem ter errado e traduziram FUGIU COVERDEMENTE como "foi forçado a buscar exílio".  :D

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