Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Bolsonarismo é terrorismo; 'bolsonarista radical' é pleonasmo
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Bolsonarismo é destruição. Destruição das instituições democráticas e dos prédios públicos que as abrigam e as representam. Depois do Oito de janeiro, negar esse fato é se acumpliciar aos sabotadores da democracia.
Bolsonarismo não é um movimento político, é uma organização terrorista. Organização criada e financiada para destruir o estado democrático. Organização sem paralelo no Brasil. Equipará-la a qualquer outra organização é criar falsas simetrias, e, por tabela, compactuar com os terroristas.
Bolsonarismo é uma organização que se infiltra no estado para corrompê-lo e destruí-lo. Usa agentes públicos como sabotadores, subverte a hierarquia policial e militar, se apropria ilegalmente da estrutura dos órgãos de segurança.
Bolsonarismo é uma força eleitoral que aluga legendas partidárias para embutir representantes nos parlamentos e cargos de comando. De dentro, tentam implodir as instituições. Quando a metáfora não basta, o bolsonarismo mobiliza manifestantes e terroristas para vandalizá-las e explodi-las.
Bolsonarismo é uma rede. É descentralizado, fluido, desburocratizado. Se articula em grupos autônomos mas não independentes através de plataformas digitais. À falta de hierarquia, comanda por sinais enigmáticos para o observador distraído, mas compreensíveis aos fiéis.
Bolsonarismo é covarde. Seus líderes são dissimulados, mentirosos e manipuladores. Fogem quando se sentem acuados, usam terceiros para cumprir suas missões, renegam suas ações e disfarçam seus objetivos. Usam e descartam seguidores sem pudor assim que deixam de ser úteis ou necessários.
Bolsonarismo é radical por definição. Não conversa, prega. Não negocia, exclui. Não convive, aniquila. Só engaja se radicaliza. Só consegue atenção se grita, esperneia, ameaça. Quem não se enquadra é extirpado da organização. Se não for radical, não é bolsonarista.
Bolsonarismo está à venda. Presta serviços a lobbies diversos pelo preço adequado. Mobiliza, coage, chantageia, aterroriza, persegue - em pacotes moldados segundo a necessidade do cliente. Bolsonarismo é a arma do negócio.
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