Volta dos militares ao quartel passa pela lei, o bolso e a cadeia

Qual será o destino de militares no governo e sua volta ao quartel após a exoneração de 43 militares que trabalhavam no Palácio da Alvorada e na Granja do Torto.

O tema foi debatido pelos colunistas do UOL José Roberto de Toledo e Kennedy Alencar na edição de hoje do Análise de Notícia.

Para Toledo, é preciso cortar onde dói mais, no bolso, reduzindo comissões, cargos, diárias e jetons. Porque a quantidade de militares que havia na Esplanada e nos palácios era uma coisa completamente anormal no dia 8 de janeiro.

Eles supostamente deviam cuidar dos palácios, não do Planalto, mas do Palácio da Alvorada e da Granja do Torto, que são as residências oficiais. E como a Janja mostrou naquele famoso vídeo para a Natuza Nery, na GloboNews, cuidaram pessimamente."

Seria bom ter algum efeito demostração para militares da ativo ou da reserva que tenham sido pegos depredando, invadindo ou descumprindo o que manda a lei que diz que militares não devem ter posição partidária."

Claramente os militares estavam em cima do muro e havia uma divisão entre eles. Perece que usaram essa divisão para ter um pé em cada canoa, porque essa história de não deixar desmontar o acampamento golpista e manter ele no QG [quartel-general] era também um instrumento político de pressão. Eles se sentiam importantes, como um poder moderador."
José Roberto de Toledo

Já Alencar diz que é preciso, primeiro, tirar da máquina pública militares de funções que eles não deveriam estar.

Tinha militar lotado na EBC, lembrando aqueles militares que iam para a redação nos anos 70 ficar censurando jornal durante a ditadura militar de 64. Tinha militar dando linha editorial na EBC."
Kennedy Alencar

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O Análise da Notícia vai ao ar às terças, quartas e quintas, às 19h.

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.

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