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Reforma Tributária: Lula faz agrado a governadores com R$ 2,1 bi em emendas
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O governo liberou ontem (4) um valor recorde em emendas parlamentares para garantir a aprovação da reforma tributária. No total foram R$ 2,1 bilhões.
Durante o programa Análise da Notícia, detalhamos o destino das emendas para comprovar que o governo tentou agradar os governadores dos estados.
Agrado bilionário
Recorde absoluto de emendas empenhadas. O valor de R$ 2,1 bilhões foi um recorde no valor liberado em um único dia pelo governo para emendas parlamentares. Até então, o recorde eram os R$ 1,7 bilhão, liberados em 31 de maio, pouco antes da votação do arcabouço fiscal.
Governadores foram destinatários principais. Existem três tipos de emendas parlamentares: as emendas individuais, que cada deputado ou senador apresenta em seu nome; as emendas de comissões temáticas do Congresso; e as emendas das bancadas estaduais, quando todos os deputados e senadores de um estado, independentemente do partido, assinam para que a verba atenda o governador, que é quem exerce o poder no estado e vai ser o maior beneficiado pela emenda. Do total de R$ 2,1 bilhões empenhados pelo governo ontem, emendas de bancadas estaduais garantiram R$ 1,4 bilhão.
Maranhão foi o estado que recebeu o maior valor das bancadas estaduais. O governo empenhou pelo menos R$ 100 milhões para seis diferentes estados. O maior valor foi para o Maranhão, com R$ 171 milhões. Na sequência aparecem Santa Catarina (R$ 148 milhões), Minas Gerais (R$ 142 milhões), Piauí (R$ 137 milhões), Ceará (R$ 104 milhões) e Paraíba (R$ 100 milhões).
Partidos de oposição também receberam grande fatia. A liberação das emendas individuais para deputados e senadores beneficiou muito os partidos de oposição ao governo. O partido que mais recebeu emendas foi o PP, do presidente da Câmara Arthur Lira, com um total de R$ 300 milhões, enquanto o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro e maior bancada do Congresso, recebeu R$ 150 milhões. A destinação mostra que a liberação não foi aleatória e teve alvos certos: primeiro os governadores, e, na sequência, a oposição.
O governo foi no alvo certo e, se a reforma tributária passar, vai ter custado R$ 2,1 bilhões para aprovar essa emenda.
***
O Análise da Notícia vai ao ar às terças, quartas e quintas, às 19h.
Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.
Veja a íntegra do programa:
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