Geografia e eleição para o clã Moro são meras conveniências
Rosângela Moro é deputada federal por São Paulo. Foi eleita com mais de 200 mil votos. Na campanha, foi acusada de forjar seu domicílio eleitoral porque, sabidamente, ela mora em Brasília e em Curitiba. Ela negou. Agora, contrariando o que dissera, mudou seu título eleitoral para o Paraná. Por quê? Por oportunismo eleitoral. De novo.
Seu marido, Sergio Moro, está sendo julgado por abuso de poder econômico pela Justiça eleitoral. Gastou como um candidato a presidente na pré-campanha de 2022, mas as urnas pariram um senador. Na sua defesa, Sergio Moro diz que apenas suas despesas de pré-campanha feitas no Paraná devem ser levadas em conta. Como se toda a exposição que ele teve como postulante à Presidência não tivesse ajudado a consolidar sua posição eleitoral no Paraná.
A tese, se acatada pela Justiça, criará um novo paradigma, ou melhor, deve virar moda: o candidato a vereador se lança como prefeito na pré-campanha, gasta como candidato a prefeito, tem exposição de candidato a prefeito, mas presta contas como vereador. Idem para deputado estadual/governador ou deputado federal ou senador e presidente. Uma desmoralização - sem trocadilho.
O comportamento oportunista dos Moro é típico dos paraquedistas eleitorais. Hoje pulam aqui, amanhã pulam lá, de acordo com o que lhes for mais vantajoso. Para o clã Moro, a geografia é mera conveniência eleitoral. Não lhes interessam os eleitores ou o local por onde se elegem, desde que os levem a Brasília. São Paulo foi a escada rolante de Rosângela Moro: levou-a aonde ela queria, mas o interesse do estado nunca chegou lá.
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