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Opinião

Debate econômico está esquecendo de discutir o principal, avalia Belluzzo 

O poder e a política precisam fazer parte do debate econômico, afirmou o professor titular aposentado do Instituto de Economia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) Luiz Gonzaga Belluzzo no Análise da Notícia desta terça-feira (5).

Quem detém o poder, muito mais do que, por exemplo, o governo eleito pelo povo, é o mercado financeiro, ele tem o poder efetivo, real. Esse é que é o poder deles. O mercado financeiro não é uma anomalia do capitalismo, ele é constitutivo. Não há capitalismo sem mercado financeiro, ele é constitutivo.

Então, o que eu estou observando é que o debate despreza o caráter da natureza política, não no sentido dos políticos, como as pessoas entendem, política no sentido de poder.
Luiz Gonzaga Belluzzo

O professor avalia que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está tentando acalmar o mercado financeiro para evitar o aumento da taxa de juros.

O Haddad está tentando atender a essas demandas do mercado e acalmar um pouco. Talvez, se você conseguir acalmar sem nenhuma restrição adicional, nenhum efeito adicional que não é garantido, certamente o Banco Central vai se sentir mais confortável para não fazer esse terrível aumento da taxa de juros que estão prevendo três vezes.

O boletim Focus está dizendo que só vai cair os juros, a taxa básica, só vai cair aqui em 2026. Porque você precisa, na verdade, ancorar as expectativas dos agentes que estão no regime de meta.
Luiz Gonzaga Belluzzo

O Análise da Notícia vai ao ar às terças e quartas, às 13h e às 14h30.

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.

Veja abaixo o programa na íntegra:

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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