Professor: Brasil deve acabar com kids pretos antes que acabem com o país
O Brasil precisa acabar com os kids pretos antes que eles acabem com o país, afirmou o historiador e professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Francisco Carlos Teixeira no Análise da Notícia desta terça-feira (19).
A Polícia Federal prendeu quatro militares e um policial federal suspeitos de participarem de um plano de golpe contra o resultado das eleições de 2022 que incluía a execução dos presidente e vice-presidentes eleitos, Lula e Geraldo Alckmin, e o ministro do STF Alexandre de Moraes. Os militares são das Forças Especiais, os chamados "kids pretos".
Em primeiro lugar, é preciso tomar uma decisão drástica sobre o Batalhão de Operações Especiais. Ele virou um ninho de conspiradores anticonstitucionais antirrepublicanos.
Foram eles que armaram os acampamentos patrióticos, foram eles que sustentaram esses acampamentos. Dos acampamentos saíram os terroristas e saiu a depredação de Brasília no dia 12 de dezembro e depois no dia 8 [de janeiro de 2023].
Francisco Carlos Teixeira, historiador e professor da UFRJ
Para o historiador, é necessária uma apuração aprofundada sobre os chamados kids pretos e como eles se organizam, conspirando em grupo.
Sem uma investigação sobre os kids pretos não vai se avançar, e a gente vai ficar pegando indivíduo por indivíduo quando aparecer alguma coisa.
O general Arruda, o general Dutra, o coronel Fernandes da Hora, o tenente-coronel Cid... todos eram kids pretos, todos estão aí. E veja mais: todos eles fizeram curso ou estiveram em cursos em Fort Benning, nos Estados Unidos.
É o curso que tem o Instituto Hemisférico de Cooperação e Segurança. Na verdade, um grande centro de treinamento e ideologização dos militares latino-americanos que herda a famosa Escola das Américas, que ficava lá no Panamá. Esse é um ponto fundamental.
Não adianta ficar destapando caso por caso porque a conspiração era sistêmica nesse sentido.
Francisco Carlos Teixeira, historiador e professor da UFRJ
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Reportagem
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