Veja por que TSE reabriu ações contra Bolsonaro
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É pequena, muito pequena, praticamente inexistente a chance de cassação da chapa Bolsonaro-Mourão por conta das duas ações que o Tribunal Superior Eleitoral decidiu reabrir para a coleta de provas. Ambas se referem à invasão de um site de mulheres anti-bolsonaro na campanha de 2018.
É preciso resumir a encrenca para entender o que se passa. A invasão desse site das mulheres contrárias a Bolsonaro foi investigada num inquérito policial instaurado na Bahia. O relator do processo no TSE, ministro Og Fernandes, requisitou cópia do inquérito. Descobriu-se que não tinha sido feita nenhuma perícia. Os autores das ações, os ex-candidatos Marina Silva e Guilherme Boulos, pediram que fosse feita no TSE a perícia que a polícia baiana não fez. O objetivo é saber se a campanha de Bolsonaro está por trás do hackeamento.
O relator indeferiu a realização dessa prova. E, depois, julgou improcedente o pedido de cassação da chapa por falta de provas. Numa votação apertada, 4 votos a 3, a maioria dos ministros do TSE entendeu que não era possível negar a realização da prova e depois julgar as ações improcedentes por falta de prova. Por isso, abriu-se prazo para que a perícia seja feita.
Daí à cassação da chapa vai uma distância imensa. Ainda que se confirmasse que a chapa encabeçada por Bolsonaro financiou a invasão cibernética, seria necessário demonstrar que a simples modificação do conteúdo de um site seria suficiente para alterar o resultado de uma eleição presidencial, o que parece improvável. Portanto, a chance de cassação da chapa por conta dessas ações é praticamente inexistente. O que inquieta Bolsonaro é que há meia dúzia de outras ações de cassação tramitando no TSE, o que mantém a corda esticada.
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