Desmazelo com Alvorada demonstra que Bolsonaro fez o pior o melhor que pôde

Antes de se mudar com o marido para o Alvorada, a primeira-dama Janja abriu os salões e ambientes íntimos do palácio residencial à GloboNews. Apontou evidências de que os responsáveis pela manutenção e os antigos inquilinos trataram com desmazelo o imóvel tombado pelo patrimônio histórico.

Autoconvertida em guia da vistoria ao imóvel projetado por Niemeyer, Janja expôs, por exemplo, infiltração no teto de gesso, mesa de jantar com a quina corroída, poltrona de couro rasgada, tapete furado, cortina puída, vidraça trincada, cômodo sem móveis, imagem sacra no chão.

No Brasil, a principal forma de governo é a ruim. A gestão Bolsonaro consolidou-se como muito pior. Já se sabia que o projeto de demolição do capitão produzira estragos em áreas tão vitais quanto Saúde, Educação e Meio Ambiente. São conhecidos também os ataques do exilado da Disney à democracia. Descobre-se agora que nem o mobiliário do Alvorada escapou.

É notável o refinamento, o cuidado, o acabamento com que Bolsonaro atingiu o ápice da irresponsabilidade. No Planalto, na Esplanada, nos quarteis e até na intimidade do Alvorada o capitão fez o pior o melhor que pôde.