Josias de Souza

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Opinião

Beneficiada por fujões, Tabata torna Marçal covarde presente

Beneficiada pela ausência de Ricardo Nunes, Guilherme Boulos e José Luiz Datena, Tabata Amaral foi o destaque do terceiro debate entre candidatos à Prefeitura de São Paulo. Utilizou o evento promovido pela revista Veja para expor a natureza sui generis do extremismo de Pablo Marçal. Mostrou que o encrenqueiro da disputa paulistana é um sujeito extremamente oco.

Fustigado com questionamentos de Tabata sobre programas de governo, Marçal raciocinou com as pernas. Fugiu. Revelou-se um covarde presente. "A pergunta que você fez será respondida no Instagram", disse Marçal, utilizando o seu tempo para ler uma cola preparada por sua assessoria.

Ante a insistência da adversária, Marçal reincidiu na fuga: "É a segunda pergunta que será respondida no Instagram." E Tabata: "Não adianta vir ao debate se não vai participar. Covarde também."

Além de exibir o vazio que traz na alma, Marçal se absteve de dirigir perguntas a Marina Helena. Estabeleceu com a opção conservadora do partido Novo uma inusitada tabelinha. "Marina, fale o que você quiser no seu tempo".

Marçal desqualificou os ausentes com comentários tóxicos: "A gente tá com um problema de masculinidade e virilidade nessa nação. Os homens, principalmente o que lidera a prefeitura, não têm coragem coragem de vir".

Tabata, por sua vez, acertou no olho da mosca ao se referir aos fujões: "Se você não aguenta uma provocação do Marçal, como vai conseguir lidar com uma Câmara de Vereadores? Tem que ser centrado, ter sangue frio nessas horas. A população de São Paulo perde com essa covardia deles".

Numa disputa eleitoral, sempre há o risco de parte do eleitorado confundir um certo candidato com o candidato certo. A julgar pelo ascensão do ódio nas pesquisas, a desqualificação de Marçal faz muito sucesso.

O diabo é que a desfaçatez não deixará de existir apenas porque Nunes, Boulos e Datena fogem dela. Se o debate desta segunda-feira serviu para alguma coisa foi para que Tabata demontrasse que a coragem do histrionismo some no instante em que o candidato histrião mais precisa dela.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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