Josias de Souza

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Tudo é epílogo na eleição de SP depois das cadeiras parafusadas

Desde que Pablo Marçal revelou que se faz de idiota nos debates porque "o público gosta disso", o país esperava pelo sinal de que o fim, ou pelo menos a confusão extrema que empurraria a eleição de São Paulo do caos para o pântano, estivesse próximo.

Aguardava-se um fato que justificasse o uso do ponto de exclamação que se escuta quando as pessoas dizem "não é possível!" Pois bem, o sinal foi dado. No debate Rede TV-UOL, parafusaram-se as cadeiras no chão.

Constatada a impossibilidade de controlar quem age ou reage como se tivesse parafusos a menos, optou-se por banir o risco de que a patifaria resultasse num replay da cadeirada que feriu o bom senso, há dois dias, no debate da TV Cultura.

A decisão de colocar nos pés das cadeiras os parafusos que faltam na cabeça de quem se senta nelas vai ficar, no enredo da disputa paulistana, como um marco da derrocada. De agora em diante, tudo é epílogo na eleição de São Paulo.

Haverá mais quatro ou cinco debates até o final da campanha. Adotou-se de tudo em matéria de endurecimento das regras —do puxão de orelhas à proibição do celular, passando pela expulsão da sala. Especula-se sobre o que virá depois da cadeira parafusada. Coleira? Focinheira? Jaula?

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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