Josias de Souza

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Datafolha torna debates finais eventos decisivos no 1º turno

A dez dias do encontro do eleitor com a urna, o novo Datafolha captou uma estabilidade no cenário eleitoral de São Paulo. Ricardo Nunes (27%) estacionou. Guilherme Boulos (25%) e Pablo Marçal (21%) oscilaram dentro da margem de erro. Na campanha mais acirrada já vista na capital paulista desde a redemocratização, os três debates ainda previstos para o primeiro turno tornaram-se eventos decisivos.

Numa campanha em que as pesquisas têm mais visibilidade do que os programas de governo e a baixaria prevalece sobre a civilidade, mudanças repentinas de cenário dependem de fatos novos. Para o bem e para o mal, os debates se convertem em palcos eletrificados, sujeitos a curto-circuitos.

Os pesquisadores do Datafolha foram a campo na última terça-feira, dia seguinte ao debate do Flow, marcado pela expulsão de Marçal e pelo soco do cinegrafista dele no rosto do marqueteiro de Nunes. A baixaria e o sangue não produziram reviravoltas capazes de inverter posições no pelotão que lidera a corrida à prefeitura.

Contra esse pano de fundo marcado pela divisão da direita e pela inércia da esquerda, os próximos debates —TV Record, neste sábado; UOL-Folha, na segunda-feira; e TV Globo, na quinta— podem ser vistos por um franco-provocador como Marçal, numericamente atrás dos rivais, como convites para o vale-tudo. Depois da cadeirada, da expulsão e do soco, tornou-se impossível traçar limites para a insensatez.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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