Josias de Souza

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Opinião

Fugindo da algema, general experimenta camisa de força

Toda investigação policial possui dois lados: o lado das provas e o lado errado. O general Mário Fernandes, cercado de evidências comprometedoras, frequenta o lado errado.

Advogado de gente encrencada muitas vezes precisa fabricar versões alternativas. Mas uma defesa que não pode levar em conta a realidade logo descobre que a realidade também não a leva em conta na hora do julgamento.

É dura a tarefa de Marcus Vinícius, o defensor do general Mário Fernandes. Impossibilitado de negar o inegável, o doutor se equipa para enfiar dentro do inquérito versões edulcoradas.

A defesa reconhece, por exemplo, a existência do plano Verde e Amarelo, pois o planejamento do assassinato de Lula, Alckmin e Moraes foi capturado no computador do seu cliente. Alega, no entanto, que o plano, embora impresso no Planalto, não foi exibido para ninguém.

A situação de Mário Fernandes é constrangedoramente precária. No esforço para afastar o general das algemas, seu advogado esboça uma linha de defesa que, levada ao pé da letra, estimula a percepção de que o general, fugindo da algema, experimenta a camisa de força.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

12 comentários

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Lucio Otavio Perocini Almeida Peixoto

E o mais importante, o plano era impresso e auditável!

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Roberto Monteiro Alves

O plano foi impresso para não ser exibido para ninguém, e logo no Palácio do Planalto, não na casa do general. Ah, claro, advogado, faz todo o sentido. SQN. 

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Elizeu Fabbri de Camargo

Sim, imprimiu para guardar de lembrança.....

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