A cada depoimento à PF, Cid se torna delator menos premiado
Contando com o depoimento desta quinta-feira, marcado para as 15h, Mauro Cid já coleciona onze interrogatórios à Polícia Federal. Tornou-se um colaborador seletivo, do tipo que sua o dedo-duro em conta-gotas. Os investigadores estão convencidos de que o ex-faz tudo de Bolsonaro revela mais do que gostaria e muito menos do que sabe.
Tenta-se uma vez mais forçar Mauro Cid a esclarecer "omissões e contradições" relacionadas à trama golpista. O diretor-geral da PF, Andrei Meirelles, disse que a nova inquirição é um desdobramento da oitiva feita por Alexandre de Moraes, no Supremo, em 21 de novembro.
Antes de ser convocado por Moraes, Cid havia sido questionado pela PF sobre o plano Punhal Verde e Amarelo. Negou que tivesse conhecimento do planejamento para assassinar Lula, Alckmin e o próprio Moraes.
Com o acordo de colaboração premiada por um fio, Cid confirmou, no entanto, a realização de reunião na casa do general Braga Netto, para articular o golpe de Estado. Voltou a negar que soubesse do plano do triplo assassinato.
Moraes manteve a delação de Cid a sete chaves e deu sobrevida à colaboração judicial. O tamanho do prêmio será definido no final. Depende do peso da contribuição. A cada novo depoimento à PF, Mauro Cid se torna delator menos premiado.
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