Prêmio por colaboração judicial de Mauro Cid subiu no telhado
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O delator Mauro Cid saiu da primeira rodada do julgamento da denúncia sobre a trama golpista menor do que entrou. Sua estatura foi diminuída pelos advogados dos delatados e também por ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal.
Luiz Fux tratou Cid como colaborador mequetrefe. "Vejo com muita reserva nove delações de um mesmo colaborador, cada hora acrescentando uma novidade", disse o ministro. "Nove delações significam nenhuma delação."
Cármen Lúcia e Cristiano Zanin ecoaram Fux. Também reconheceram que a colaboração tem problemas. Por unanimidade, prevaleceu o entendimento segundo o qual não é o caso de anular o acordo "nesse momento". Entretanto, num colegiado de cinco magistrados, pelo menos três torceram o nariz para Cid.
Ficou boiando na atmosfera a sensação de que os interesses de Cid foram mal defendidos. O advogado dele, Cezar Bitencourt, tinha 15 minutos para se manifestar. Usou apenas cinco.
O doutor desperdiçou parte do tempo ao dizer que não desejava senão "destacar a dignidade e a grandeza" do seu cliente. Esbanjou alguns minutos ao sustentar que Cid "cumpriu sua missão com a Justiça".
Nos segundos finais, o advogado pediu aos ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal que não levem o delator ao banco dos réus. Não será atendido. Pior: ficou entendido que a premiação pretendida pelo delator subiu no telhado.
2 comentários
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Leila Haddad Cunha Lima Motta
Bem feito! Achou que iria livrar a cara dele e do “paipai” , e o tiro vai sair pela culatra! Caiu no papo dos caras, e se deu mal! X9 paraguaio!
Vanderley Martins de Brito
Para delação não há diferença , pois a mesma por si só não é meio de prova . O que pode acontecer é a delação ser anulada e ele se julgado normalmente , com a perda dos itens acordados !