Trump vai de pit bull a poodle toy
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Há uma certa bipolaridade na forma como Trump produz suas crises. Ele decide uma coisa de manhã e o oposto à tarde. Desdiz hoje o que disse ontem. Oscila entre o pit bull e o poodle toy. O transtorno se agrava quando a instabilidade do inquilino da Casa Branca topa com o temperamento glacial e retilíneo de personagens como Jerome Powell e Xi Jinping.
Após apelidar de "Senhor Lento Demais" o presidente do Fed, o banco central americano, Trump disse que jamais cogitou demitir Jerome Powel por causa de sua demora em baixar a taxa de juros. Culpou os jornalistas, esses malvados, pelo derretimento dos mercados. "Nunca tive essa intenção. A imprensa exagera tudo".
Depois de insinuar que o presidente chinês Xi Jinping seria compelido a "fazer um acordo conosco" porque "eles precisam do nosso dinheiro", Trump prometeu ser amável caso a China aceite negociar um armistício tarifário. "Vamos ser muito gentis." Ainda não cogita zerar as taxas de importação. Mas já admite que "não serão tão altas quanto os 145%" que decretou, do nada.
Entre mordidas e lambidas, Trump perde rapidamente o pedigree de gênio que enxerga na imagem do espelho. Vai ganhando ares de um líder vira-lata.
2 comentários
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Paulo Kakeitero Saito
Uma coisa é certa, Trump perde toda postura de arrogante. Se durar até o fim do mandato é milagre .
Jose Vitorino Junior
Direta brazuca o ama