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Carro onde estavam mortos dois integrantes do PCC é roubado após apreensão
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O Fiat Pulse onde foram encontrados mortos dois integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) foi roubado de um pátio onde ficam veículos apreendidos pela Polícia Civil.
Policiais civis de uma delegacia de Embu das Artes, na Grande São Paulo, responsável pela apreensão do Fiat Pulse, confirmaram o roubo e informaram que o veículo foi levado por dois homens no último dia 25 de um pátio particular da rua Maria Ward, em Itapecerica da Serra. Os ladrões já foram identificados e estão foragidos.
O veículo havia sido periciado e recolhido no último dia 22, depois que policiais militares acharam os corpos de Gilmar Mendes dos Santos, 40, o Giba, e Anderson dos Santos Martins, 36, o Dinho, no porta-malas. As vítimas apresentavam ferimentos no pescoço. Eles eram acusados pela organização criminosa de desviar R$ 500 milhões de garagens de ônibus localizadas na zona leste paulistana.
O automóvel tinha sido abandonado na rua Marquês de Santo Amaro, em Embu das Artes, e foi apreendido para investigações posteriores por determinação da delegada plantonista Roberta Torres Aldigueri Goulart e escrivão Duilis de Moraes.
A Polícia Civil apurou que o Fiat Pulse era de um comerciante e foi vendido para uma mulher. A delegada não conseguiu contato telefônico com o antigo dono e a atual proprietária do carro no dia dos fatos. Ambos aparecem como investigados no boletim de ocorrência sobre o encontro dos corpos.
Conforme informou esta coluna no último 22, Giba e Dinho foram levados por integrantes do "tribunal do crime" do PCC para a Favela de Paraisópolis, na zona sul paulistana, onde foram julgados e decretados à morte pelo desvio de dinheiro das garagens de ônibus do transporte alternativo.
Fontes relataram à reportagem que um advogado era o responsável pela lavagem dos R$ 500 milhões desviados pela dupla assassinada. As mesmas fontes acrescentaram que o advogado simulou um atentado a tiros no próprio carro para não ser julgado pelo "tribunal do crime".
Apartamento de luxo
O advogado - continuaram as fontes - teria conseguido cidadania norte-americana e há suspeitas de que já estaria escondido nos Estados Unidos por medo ser assassinado a mando da cúpula da maior facção criminosa do Brasil.
A reportagem apurou que o advogado é proprietário de um luxuoso apartamento no Jardim Anália Franco, no Tatuapé, zona leste de São Paulo, e pagou R$ 3 milhões pelo imóvel no final de 2018.
Foi no bairro do Tatuapé também que o integrantes do "tribunal do crime" jogaram a cabeça decepada de Noé Alves Schaun, 42, acusado de matar em dezembro do ano passado Anselmo Becheli Santa Fausta, 38, o Cara Preta, ligado à facção criminosa.
As mesmas fontes disseram á reportagem que Giba, uma das vítimas encontrada morta no Fiat Pulse em Embu das Artes, estaria por trás do assassinato de Noé.
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