PM que escoltava Vinícius Gritzbach diz que correu com medo ao ouvir tiros
O soldado Samuel Tillvitz da Luz, 29, um dos militares da escolta do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, 38, morto no aeroporto internacional de Guarulhos na última sexta-feira (8), correu assustado por 50 metros quando ouviu os tiros disparados contra a vítima.
O PM prestou depoimento na noite de ontem (11) no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
Ele disse que se dirigiu a um barranco nas proximidades. Na sequência, subiu uma rampa, retornou por dentro do terminal 2, desceu em uma escada rolante para o saguão da entrada e encontrou à porta a namorada de Vinícius, muito abalada psicologicamente.
Samuel acrescentou que temia pelo que ainda poderia acontecer e decidiu pegar um táxi no andar superior do terminal, junto com com a namorada de Vinícius com destino à casa dela. No caminho, porém, alteraram o trajeto e seguiram para a casa de parentes de Vinícius.
Indagado se no aeroporto chegou a telefonar para alguém, Samuel respondeu negativamente. O celular dele foi apreendido, assim como de outros quatro PMs da escolta do empresário. Os cinco são investigados pela Corregedoria da Polícia Militar e estão afastados do serviço.
O PM tinha viajado com Vinícius, a namorada dele e o motorista e também segurança do empresário, Danilo Lima Silva, 35. Samuel disse que tinha a missão de escoltar o casal até a viagem de ida para Maceió e também no retorno a Guarulhos.
Ele afirmou também que, ao chegar no aeroporto de São Paulo, por volta das 15h30 de sexta-feira (8), foi até check-in da companhia aérea para reaver seu armamento despachado. Enquanto isso, Vinícius e a namorada se deslocaram até a esteira para retirar as bagagens.
Depois de 20 minutos, Samuel se aproximou de Vinícius para dar continuidade ao serviço de escolta. Ele disse estar na frente do empresário e da namorada e que, após deixar o saguão de desembarque e concluir a travessia de pedestres, foram surpreendidos pelos atiradores.
Ainda segundo Samuel, a viagem a Alagoas durou sete dias e que eles foram para cidade de São Miguel dos Milagres, onde o empresário procurou imóveis para alugar com o intuito de passar as festas de fim de ano com a família.
Samuel é lotado na 18º Batalhão da PM, na Freguesia do Ó, zona norte de São Paulo. Está na corporação há nove anos. Em relação às joias avaliadas em R$ 1 milhão apreendidas com a namorada de Vinícius, ele disse desconhecer o transporte delas.
Para os advogados Ivelson Salote e Guilherme Flauzino, o soldado Samuel e os quatro militares da escolta de Vinícius não têm nenhum envolvimento com o assassinato do empresário e exerciam apenas o trabalho de segurança dele.
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