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PF apreende 4 toneladas de drogas no Guarujá durante operação
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A Polícia Federal apreendeu na manhã de hoje quatro toneladas de drogas em uma casa na rua Esdras, bairro Itapema, no Guarujá (litoral de São Paulo).
A droga pertenceria a um traficante da Baixada Santista conhecido como Maradona, de 35 anos. Ele estaria cumprindo pena em regime aberto desde 8 de abril do ano passado e teria ligações com criminosos do PCC (Primeiro Comando da Capital), segundo as investigações.
As apreensões fazem parte da operação Maritimum, deflagrada pela PF nos estados de São Paulo, Rio Grande do Norte, Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, Ceará e Pará para desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de cocaína.
Segundo a PF, foram identificados três dos maiores traficantes em atividade no Brasil. Eles eram os destinatários da droga no exterior. Um deles é o ex-major Sérgio Roberto de Carvalho, o Major Carvalho, conhecido na Europa como "Escobar Brasileiro", preso no último dia 21 na Hungria.
Ao menos 350 policiais federais participaram da operação. A 2ª Vara Criminal da Justiça Federal do Rio Grande do Norte expediu 46 mandados de prisão preventiva e outros 90 de busca e apreensão a serem cumpridos nos sete estados.
Há informações extraoficiais de que um dos alvos das buscas é um lutador de jiu-jitsu e artes marciais mistas. Um fuzil teria sido encontrado na casa dele. A PF não informou o nome do suspeito.
A reportagem não conseguiu contato com os defensores do lutador, mas publicará na íntegra a versão dos advogados dele assim que houver um posicionamento.
As investigações tiveram início em 2021, quando foi identificado o grupo logístico responsável pelo transporte e armazenamento da droga procedente da fronteira do Brasil com os países produtores. A cocaína era introduzida em contêineres em cargas de frutas com destino à Europa.
De acordo com as investigações, os narcotraficantes faziam as remessas pelos portos de Santos (SP), Salvador (BA), Natal (RN), Fortaleza (CE) e Barcarena (PA). A PF apreendeu oito toneladas de cocaína durante as investigações. Houve apreensões também nos portos da Bélgica, França e Holanda.
Os agentes apuraram que o núcleo operacional do bando utilizava pessoas físicas e empresas para lavar dinheiro. A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 169,6 milhões movimentados em contas bancárias dos investigados.
De acordo com a Polícia Federal, o nome da Operação Maritimum é uma referência ao modus operandi da quadrilha, que utilizava o transporte marítimo para exportar a cocaína aos portos da Europa.
A PF não informou o número de pessoas presas nem os nomes dos detidos e divulgou nota comunicando que não haverá entrevista coletiva sobre o assunto.
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