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Série de mortes assusta Baixada Santista; policial civil é a 13ª vítima
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Uma onda de assassinatos aterroriza a população e as autoridades da Baixada Santista (SP). Ao menos 13 pessoas foram mortas a tiros na região desde 17 de abril deste ano. O policial civil Marcelo Gonçalves Cassola é a décima-terceira vítima de homicídio.
O corpo dele foi encontrado em uma ciclovia na avenida Francisco Ferreira Canto, na Caneleira, em Santos, às 21h30 de segunda-feira (22). Informações extraoficiais dão conta de que o policial foi assassinado com 40 tiros de pistola 9 mm e outros quatro disparos de fuzil.
Policiais militares faziam patrulhamento preventivo no bairro e encontraram o corpo. Sobre Cassola havia uma corda. Segundo PMs, ele teve os pés e mãos amarrados. O crime foi registrado na Central de Polícia Judiciária de Santos.
Policiais civis disseram que a vítima era lotada no IIRGD (Instituto de Identificação Ricardo Glumbeton Daunt), na cidade de Santos, e chefiava os papiloscopistas (agentes responsáveis pela identificação de pessoas através da coleta de impressões digitais).
A 3ª Delegacia de Homicídios da Divisão Especializada em Investigações Criminais) assumiu as apurações do assassinato. Até a manhã desta quarta-feira (24), a Polícia Civil continuava sem pista dos criminosos.
A SSP (Secretaria Estadual da Segurança Pública) informou que desde 17 de abril deste ano, 13 pessoas foram assassinadas na Baixada Santista. As mortes ocorreram nas cidades de Santos, Praia Grande, Guarujá, Cubatão e Peruíbe. A pasta afirma, entretanto, que não há indícios de relação entre os assassinatos até o momento.
Segundo investigações da Polícia Civil, a maioria das vítimas foi encontrada com as mãos e os pés amarrados e diversas marcas de tiros. Boa parte dos corpos foi desovada em locais ermos e nas proximidades de pontes ou viadutos dos municípios.
Uma dessas vítimas é um ex-agente penitenciário de 53 anos. O corpo dele foi encontrado às 20h da última sexta-feira (20), sob o viaduto da Rodovia dos Imigrantes, em Cubatão.
Policiais militares localizaram o corpo na Estrada Metalúrgico Ricardo Reis. O cadáver apresentava diversas perfurações provocadas por armas de fogo. A vítima estava com as mãos amarradas.
Tribunal do crime
A Polícia Civil também apura se os assassinatos têm relações com organização criminosa, mais especificamente com ações atribuídas ao "tribunal do crime" do PCC (Primeiro Comando da Capital), apontado como a maior facção do Brasil.
Procurada pela reportagem, a SSP informa por meio de nota lamentar a morte do policial civil Marcelo Gonçalves Cassola e acrescenta que diligências estão em andamento na tentativa de identificar e prender os autores do crime.
De acordo com a pasta, as investigações prosseguem pela Polícia Civil de Santos por meio de suas delegacias especializadas.
A SSP informa também que em 2022, a 3ª Delegacia de Homicídios da Divisão Especializada de Investigações Criminais identificou 18 suspeitos de envolvimento nos assassinatos.
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