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Ídolo do Corinthians, Zé Maria tem prisão decretada por não pagar pensão
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A Justiça decretou a prisão civil por 60 dias do ex-lateral direito do Corinthians e campeão mundial pela seleção brasileira na Copa de 1970, no México, José Maria Rodrigues Alves, 74, o Super Zé, por deixar de pagar R$ 82.592,02 de pensão alimentícia para um filho de 21 anos.
Ídolo do Timão e símbolo da raça da fiel torcida corintiana, Zé Maria é acusado de estar inadimplente desde setembro de 2020, quando o débito era de R$ 6.434,29. Segundo a Justiça, "a sustação da prisão só poderá ocorrer com a comprovação prévia do depósito do valor atualizado, corrigido".
José Gualberto de Assis, advogado de Zé Maria, disse que pediu à Justiça a revogação da prisão do cliente e que a decisão deverá sair em até 48 horas. O defensor afirmou que já foi feito o pagamento parcial das pensões referentes aos meses de março, abril e maio deste ano e acrescentou estar otimista ao dizer que acredita que o pedido de prisão será reconsiderado. Assis solicitou ainda a exoneração da pensão.
A coluna também ligou para o ex-jogador, que estava em Bauru, segundo seu defensor, mas não conseguiu contato. Zé Maria também é pai de Fernando Lázaro, que treinou a equipe principal do Corinthians no período de 15 de janeiro a 20 de abril deste ano. O filho que está sem receber a pensão é fruto de um relacionamento do ex-atleta fora do casamento.
Zé Maria alegou em juízo que sempre pagou a pensão por meio de desconto em folha de pagamento da Fundação Casa, onde trabalhava. Mas acrescentou que em 7 de julho de 2020 foi demitido e vive exclusivamente de proventos da aposentadoria.
Pelos cálculos da defesa do ex-jogador, o valor em aberto atingiria R$ 11.462,48. Zé Maria pediu à Justiça para que o pagamento seja efetuado em seis parcelas mensais.
O ex-lateral direito disse também em juízo que, em virtude da pandemia e da insuficiência de recursos da aposentadoria, vem enfrentando problemas financeiros. Para a Justiça, o réu não apresentou nada que comprovasse suas alegações e a justificativa dele não merece ser acolhida.
Pedido negado
Na decisão judicial é mencionado que o débito foi atualizado e não havendo comprovação do depósito por parte de Zé Maria, resta em aberto a quantia apontada como devida, no valor de R$ 82.592,02, referente aos meses de setembro de 2020 a abril de 2023.
O pedido de prisão civil foi expedido em 26 de abril deste ano por determinação do juiz Ricardo Pereira Júnior, da 12ª Vara da Família e Sucessões.
A reportagem apurou que a defesa de Zé Maria entrou com habeas corpus com pedido de liminar na 1ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça no último dia 18.
No dia seguinte, o desembargador Rui Cascaldi, negou o pedido para suspender a decisão de prisão por entender que os fatos alegados pelo réu não impedem a execução da dívida.
Procurado pela reportagem, o advogado do filho de Zé Maria, Israel Minichillo de Araújo, disse que não poderia se manifestar sobre o caso porque o processo tramita em segredo de Justiça.
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