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Josmar Jozino

REPORTAGEM

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Juíza aceita denúncia contra acusados de planejar sequestro de Moro

Senador Sergio Moro (União Brasil-PR) - Edilson Rodrigues/Agência Senado
Senador Sergio Moro (União Brasil-PR) Imagem: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Colunista do UOL

31/05/2023 20h07Atualizada em 01/06/2023 09h40

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A juíza Sandra Regina Soares, da 9ª Vara Federal de Curitiba, aceitou denúncia contra 13 acusados de planejar o sequestro do senador e ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR). Segundo as investigações da Polícia Federal, os réus pertencem ao PCC (Primeiro Comando da Capital).

Oito denunciados vão responder a processo pelos crimes de organização criminosa e extorsão mediante sequestro. Um deles é Janeferson Aparecido Mariano, o Nefo, apontado com o líder do bando e articulador do plano para sequestrar Moro.

Os outros sete são Claudinei Gomes Carias, o Nei, homem de confiança de Nefo: os irmãos Herick da Silva Soares, Sonata, e Franklin da Silva Correa, o Frank; Aline de Lima Paixão, companheira de Nefo; Aline Ardnt Ferri: Cintia Aparecida Pinheiro Melesqui e Hemilly Adriane Mathias Abrantes.

Valter Lima Nascimento, o Guinho - Divulgação/Polícia Civil de São Paulo - Divulgação/Polícia Civil de São Paulo
Valter Lima Nascimento, o Guinho
Imagem: Divulgação/Polícia Civil de São Paulo

Já os réus Patrik Velinton Salomão, o Forjado, Valter Lima do Nascimento, o Guinho, Reginaldo Oliveira de Sousa, o Rê, Sidney Rodrigo Aparecido Piovesan, o El Sid, e Oscalina Lima Graciotte, foram denunciados por organização criminosa.

A Polícia Federal identificou os acusados a partir de denúncia feita por um ex-integrante do PCC ao Gaeco (Grupo de Atuação especial e de Combate ao Crime organizado), de Presidente Prudente, subordinado ao MP-SP) Ministério Público do Estado de São Paulo).

O delator forneceu nomes e números de telefones dos envolvidos no planejamento do ataque e contou que bem antes de revelar tudo ao Gaeco era ameaçado de morte por Nefo, que segundo ele pertence ao PCC e seria o chefe da célula da facção responsável pela organização da ação terrorista

Ainda de acordo com o delator, Sergio Moro deveria ser sequestrado para servir como moeda de troca para a libertação de líderes do PCC recolhidos em presídios federais, especialmente nas Penitenciárias de Brasília (DF) e de Porto Velho (RO).

A reportagem apurou que o delator, chamado pelas autoridades das forças de segurança como testemunha protegida, corre risco iminente de ser assassinado. Segundo o MP-SP, ele está com medo de morrer, mas não aceitou ser colocado em nenhum programa de proteção.

Todos os réus foram investigados durante a Operação Sequaz, deflagrada pela Polícia Federal em março deste ano. Forjado, apontado pelo MP-SP como integrante da cúpula do PCC, e El Sid, solto em setembro do ano passado, mesmo tendo contra ele um mandado de prisão por homicídio, não foram encontrados pelos agentes federais.

Nefo, Nei, Guinho, Rê, Herick e Franklin estão presos na Penitenciária 1 de Presidente Venceslau (SP), uma unidade de castigo, mas também um dos principais redutos do PCC.

A reportagem não conseguiu contato com os advogados dos réus, mas publicará na íntegra a versão dos defensores de todos eles, caso haja manifestação.