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Adolescente é agredido em escola de São Bernardo (SP) por ser filho de PM
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Um adolescente de 14 anos passou a ser hostilizado e agredido por um grupo de alunos por ser filho de um policial militar, segundo um boletim de ocorrência. O caso aconteceu na Escola Estadual Yolanda Noronha do Nascimento, onde o garoto estuda, em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo.
Na saída da escola, diversos alunos danificaram o carro onde estavam o policial militar e o filho dele. A PM foi acionada, e o caso foi parar na delegacia da cidade. Autoridades do 6º DP de São Bernardo do Campo registraram um BO.
O delegado que registrou a ocorrência determinou que os três menores fossem apreendidos porque cometeram ato infracional. Um deles chegou a dizer que tinha um primo integrante de organização criminosa e que iria matar o PM.
O que aconteceu
Segundo o BO, o convívio do filho do policial no estabelecimento de ensino era normal até meados de março deste ano. Porém, no final do mesmo mês, outros alunos descobriram que o pai dele era PM, e a vida do menino na escola virou um inferno.
Desde então, o garoto começou a sofrer agressões físicas, como tapas na cabeça, chutes nas pernas, além de ameaças. Isso tudo ocorreu dentro da sala de aula. Na saída, os agressores exigiram dinheiro do adolescente para não bater mais nele.
No intervalo da última terça-feira (6), o filho do policial militar estava no corredor onde ficam as salas de aula. Eram 10h23 quando um estudante chegou e ficou na frente dele, causando-lhe constrangimento e impedindo sua passagem.
Um outro aluno se aproximou em seguida e empurrou o menino. Além disso, também arrancou a corrente do pescoço dele, avaliada em R$ 750,00. O garoto agredido tentou recuperar o objeto, mas acabou cercado por vários alunos, descreve o BO.
Segundo a Polícia Civil, a diretora da escola tomou de imediato as providências cabíveis e mostrou ao PM, pai do garoto agredido, as imagens do sistema de monitoramento interno da escola.
Ato infracional equiparado a roubo
Os agressores foram identificados e chamados à sala dela. O menor acusado de pegar a corrente do menino foi repreendido e orientado a devolver o objeto. Só que ele teria se recusado a visualizar as imagens das câmeras de segurança com o apoio de outros colegas.
Em seguida, um grupo de alunos passou a esmurrar a porta e a chutar as paredes da sala da diretora. Os estudantes também começaram a ameaçar o policial militar. Um dos agressores disse que o PM seria morto por um primo dele, integrante de facção criminosa.
No entendimento da autoridade policial responsável pela elaboração do boletim de ocorrência, o ato infracional cometido pelos menores é equiparado ao roubo, já que a corrente da vítima foi arrancada do pescoço mediante violência.
O pai do menino agredido é soldado da Polícia Militar e tem 39 anos. A reportagem não conseguiu falar com o PM nem com a diretora da escola.
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