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STJ mandar soltar empresário acusado por morte de traficante do PCC em SP
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A Sexta Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu nessa terça-feira (6), por unanimidade, substituir a prisão preventiva do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, 36, por medidas cautelares alternativas.
Vinícius está preso na Penitenciária 1 de Presidente Venceslau (SP) e deve ser solto nas próximas horas. Mas terá de usar tornozeleira eletrônica. Ele é acusado, junto com o agente penitenciário David Moreira da Silva, 38, pelos assassinatos de Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue. O empresário sempre negou envolvimento e diz ser vítima também.
As vítimas foram mortas a tiros em 27 de dezembro de 2021 no Tatuapé, zona leste paulista. Noé Alves Schaum, acusado de ser o executor do crime, foi assassinado em 16 de janeiro de 2022, no mesmo bairro.
Segundo o MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo), Cara Preta era um integrante influente do PCC e envolvido com o tráfico internacional de drogas e outros delitos. Já Sem Sangue era o motorista e braço direito dele.
Na denúncia oferecida à Justiça contra Vinícius e David, o MP-SP diz que o empresário trabalhava com imóveis e operações com bitcoins e, após conhecer Cara Preta, passou a realizar negócios com ele e fazer investimentos para a vítima.
Ainda de acordo com o MP-SP, Cara Preta suspeitou que o empresário estava subtraindo parte dos valores investidos por ele e começou a cobrá-lo e a exigir a prestação de contas das operações realizadas e também a devolução do dinheiro.
O MP-SP sustenta ainda que Vinícius, para não devolver os valores subtraídos e não revelar as irregularidades praticadas, resolveu mandar matar Cara Preta. O empresário — continua o MP-SP — entrou em contato com David e ofereceu dinheiro para ele pelo planejamento e execução do crime.
David então procurou Noé e o contratou para matar Cara Preta. Noé aceitou a proposta. Porém, também acabou assassinado pelo "tribunal do crime" do PCC — e teve a cabeça decepada, em represália aos homicídios dos dois integrantes da facção criminosa.
Réus alegam inocência
Os advogados de Vinícius afirmam que o cliente é inocente de todas as acusações e que isso será devidamente comprovado durante o curso processual.
A defesa argumenta ainda que Vinícius tem ocupação lícita, empresa constituída, escritório e residência em endereços fixos e conhecidos, é pai de família, tem dois filhos e, por tudo isso, pede que seja negada a prisão do cliente.
David continua preso em um CDP (Centro de Detenção Provisória) na Grande São Paulo. O advogado dele, Rodrigo Fonseca, diz que o cliente é inocente de todas as acusações, é primário, tem endereço e também trabalho fixos. O defensor também vai pedir a extensão da mesma decisão do STJ para o cliente.
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