Polícia volta ao apartamento de Gritzbach após novo depoimento de namorada
A Polícia Civil de São Paulo cumpriu um mandado de busca e apreensão, nesta quarta-feira (4), na casa do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, 38, morto com 10 tiros de fuzis no último dia 8, no terminal 2 do aeroporto internacional de Guarulhos (SP). Diligências estão sendo realizadas pelo DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa).
Policiais foram até o apartamento do delator do PCC (Primeiro Comando da Capital) no bairro Jardim Anália Franco, na zona leste de São Paulo. Ainda não há informações do que os agentes apreenderam no local.
Ação policial acontece um dia após a namorada de Gritzbach ser ouvida novamente pela polícia, na noite de ontem. A coluna apurou que o celular dela foi apreendido para perícia.
Na noite do crime, Maria Helena Paiva Antunes, 29, já havia prestado depoimento à Polícia Civil, mas o seu celular não havia sido apreendido. Na ocasião, ela revelou que conheceu Gritzbach pelo Instagram. A modelo também detalhou que o relacionamento amoroso entre os dois começou pouco depois do primeiro contato virtual. Eles estavam juntos há um ano e meio, segundo Maria Helena, e planejavam casar e formar uma família.
A modelo é bastante ativa nas redes sociais e tem mais de 400 mil seguidores. No mais seguido dos seus perfis, ela costuma compartilhar vídeos com dicas de maquiagem, roupas e um pouco de sua rotina. Em 2016, ela foi candidata a vereadora pelo município de Barbosa Ferraz, localizado no noroeste do Paraná, onde nasceu. Maria Paiva teve 16 votos e não conseguiu se eleger.
O casal costumava frequentar festas e também tinha o hábito de viajar. A reportagem apurou que o empresário estava apaixonado por ela e a conheceu logo após terminar o relacionamento com a esposa dele.
Eles viajaram para Alagoas no dia 1º novembro. O casal estava acompanhado do motorista de Vinícius e de um segurança, o PM Samuel da Luz. Eles foram para cidade de São Miguel dos Milagres (AL), onde o empresário procurou imóveis para alugar com o intuito de passar as festas de fim de ano com a família.
Gritzbach desconfiou que estava sendo seguido durante a viagem. A namorada disse à polícia que ele comentou que teria visto no local um homem muito parecido com um dos que o ameaçavam, mas achava que talvez não fosse, pois não estava fumando, e que o homem que o ameaçava fumava bastante.
A modelo estava no aeroporto quando Gritzbach foi assassinado. Ela e o delator do PCC voltavam para de Maceió para a capital paulista após uma viagem de sete dias.
Ele e a namorada carregavam uma mala com joias avaliadas em R$ 1 milhão, segundo a polícia. Eram pedras preciosas, colares, correntes, anéis, brincos, pulseiras e até um relógio Rolex. Elas estavam em um porta-joias pequeno, de tecido azul-claro com dois certificados Vivara, dois certificados Cartier, um certificado Bulgari, um certificado Cristovam Joalheria e um certificado IBGM Gemologia. A Polícia Civil apreendeu o material.
Gritzbach desembarcava no aeroporto acompanhado de Maria Paiva e de um segurança quando foi alvejado por dez tiros. Ele morreu no local e a namorada não se feriu. O soldado Samuel Tillvitz da Luz, 29, um dos militares da escolta do empresário, correu assustado por 50 metros quando ouviu os tiros disparados contra a vítima. O PM prestou depoimento na noite no DHPP.
O celular dele foi apreendido, assim como de outros quatro PMs da escolta do empresário. Os cinco são investigados pela Corregedoria da Polícia Militar e estão afastados do serviço.
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