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Juliana Dal Piva

REPORTAGEM

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Troca na Defesa deixa Pujol em situação constrangedora na hierarquia

Edson Leal Pujol, comandante do Exército, e Fernando Azevedo e Silva, ministro da Defesa - Valter Campanato/Agência Brasil
Edson Leal Pujol, comandante do Exército, e Fernando Azevedo e Silva, ministro da Defesa Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil

Colunista do UOL

29/03/2021 20h12

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Com a saída do general Fernando Azevedo e Silva do Ministério da Defesa, nesta segunda-feira (29), e a nomeação do general Walter Braga Neto para o seu lugar, militares avaliam que se criou uma situação constrangedora para o comandante do Exército, Edson Pujol.

Pujol é da turma de 1977 da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). Já Braga Neto é da turma de 1978. Ou seja, é mais novo no Exército. Na linguagem dos militares, o novo ministro da Defesa é "mais moderno" que o atual comandante do Exército que precisa responder a ele. Braga Neto também foi um dos últimos da turma de 1978 a chegar a general de quatro estrelas.

Outra situação desconfortável é que Braga Neto era o titular do Comando do Estado-Maior do Exército até fevereiro do ano passado, quando foi chamado para ser ministro da Casa Civil. Na hierarquia do Exército, Braga Neto era o "02" de Pujol na época.

Militares ouvidos pela coluna não veem uma quebra de hierarquia porque o ministro poderia até ser civil. Mas avaliam que é constrangedor nesse sentido e seria natural uma saída de Pujol, até pela troca do ministro da Defesa.