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Juliana Dal Piva

REPORTAGEM

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Em vídeo, Queiroz chama assessor especial de Bolsonaro de 'mentiroso'

Colunista do UOL

09/02/2022 10h08

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Fabrício Queiroz, policial militar aposentado e ex-assessor de Flávio Bolsonaro, postou um vídeo em suas redes sociais na manhã desta quarta-feira chamando Max Guilherme Machado de Moura, um dos principais assessores do presidente Jair Bolsonaro, de "mentiroso".

No vídeo, Queiroz ironiza uma fala de Max em que ele conta como foi trabalhar com Bolsonaro e como a experiência no Bope teria preparado ele para o cargo.

"O Bope é a minha segunda casa. Cheguei aqui para trabalhar com o presidente Jair Bolsonaro, primeiro por Deus, segundo pelo próprio presidente, e digo com toda certeza que, em terceiro, pelo próprio Bope, devido às minhas especializações", afirmou Max no vídeo. Ao mesmo tempo em que Max fala, a tela é dividida com a imagem de uma criança que ri do discurso do assessor.

Ao final do vídeo, surge Queiroz rindo do antigo aliado.

"Tem que rir. Tem que agradecer a Deus mesmo Max. Por ter me conhecido, por eu ter te ajudado a ser policial e ter te pegado pelo braço e te dado esse emprego junto ao presidente. Mas é mérito seu que você é leal. Agradeça a Deus e ao Queiroz. Mentiroso", atacou Queiroz.

No ano passado, Queiroz já tinha postado imagens com críticas a Max e ao deputado federal Hélio Lopes. Após a postagem, Queiroz disse que "fazia tempo que não existia para os 3 papagaios" e ainda escreveu, nos comentários, que: "minha metralhadora tá cheia de balas. kkkk" (sic).

Candidato a deputado

Max Guilherme é lotado no gabinete do presidente e faz parte da lista pessoal de candidatos a deputado federal que o presidente pretende lançar em 2022. A ideia é que Moura dispute uma vaga pelo Rio de Janeiro. Queiroz quer ser candidato a deputado federal também e, nos bastidores, comenta-se sobre diversas brigas entre antigos aliados por apoio de Bolsonaro na eleição de 2022.

Ele é sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro e chegou a integrar o Bope. Ele é próximo da família Bolsonaro há anos e, sobretudo depois do atentado sofrido pelo presidente, reforçou a sua segurança, ainda em 2018. Com a posse, se tornou assessor especial do gabinete presidencial. Ele tem um salário de R$ 8,1 mil e ocupa um imóvel funcional.

Moura está ao lado de Bolsonaro quase todos os dias e faz um pouco de tudo. É segurança, mas grava vídeos e também atua na divulgação de memes e ataques a adversários do presidente em coordenação com os outros assessores do chamado "gabinete do ódio". Moura passou férias em fevereiro do ano passado junto com Bolsonaro em São Francisco do Sul, em Santa Catarina, quando foram gastos R $2,3 milhões.

Em março de 2021, o assessor ainda integrou a comitiva do governo federal que foi a Israel, de jatinho da FAB, para ver o spray nasal contra a covid-19 que está em testes naquele país. Após as críticas, o governo divulgou que era uma viagem para compartilhar tecnologia em várias áreas contra a covid.