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Juliana Dal Piva

REPORTAGEM

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Mais de 70 integrantes do MPF pedem a Aras que represente contra Bolsonaro

O procurador-geral da República, Augusto Aras, em cerimônia em 2019 - Isac Nobrega/PR
O procurador-geral da República, Augusto Aras, em cerimônia em 2019 Imagem: Isac Nobrega/PR

Colunista do UOL

12/01/2023 17h21

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Mais de 70 integrantes do MPF (Ministério Público Federal) enviaram uma petição procurador-geral da República, Augusto Aras, solicitando que ele represente criminalmente contra Jair Bolsonaro (PL-RJ) por incitação crime devido à postagem feita nas contas de redes sociais do ex-presidente nos últimos dias. Ao todo, 79 procuradores e subprocuradores assinaram o documento.

No documento, os procuradores escrevem que "respeitosamente, vem, pelo presente, formular representação criminal, em face de Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República, pela prática do crime de incitação".

Na sequência, citam um vídeo postado nas redes de Bolsonaro nessa semana, e apagado três horas depois. No documento, os procuradores citam: "O vídeo mostraria um trecho de uma entrevista de um procurador do estado do Mato Grosso do Sul, em que este defende que a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria sido fraudada e que o voto eletrônico não seria confiável. No recorte publicado, referido servidor alega que "Lula não foi eleito pelo povo, ele foi escolhido e eleito pelo STF e TSE", e que "Lula não foi eleito pelo povo brasileiro. Lula foi escolhido pelo serviço eleitoral, pelos ministros do STF e pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral".

Os integrantes do MPF mencionam ainda que Bolsonaro "embora eleito Presidente da República, em 2018, por meio das urnas eletrônicas, e a despeito de ter sido Deputado Federal, por vários mandatos, a partir de votos nelas depositados, há anos ventila desconfiança quanto à confiabilidade desse sistema".