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MP do TCU quer apurar crime no uso de Bolsonaro sobre cartão corporativo
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O subprocurador-geral do MP no TCU (Tribunal de Contas da União), Lucas Rocha Furtado, pediu nesta quarta-feira (25) a Antonio Anastasia, ministro do TCU, que cancele ou defina critérios para uso uso do cartão corporativo da Presidência da República "em face dos abusos ou desvios apontados em sua utilização" durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Além disso, Furtado pede ao TCU que, depois disso, envie cópia da representação para a PGR (Procuradoria-Geral da República) para uma investigação criminal.
Furtado cita na petição uma reportagem do UOL que aponta como o vereador Carlos Bolsonaro, filho de Bolsonaro, aproveitou diárias de hotel pagas com cartão corporativo da Presidência da República para trabalhar em home office em Brasília durante a pandemia. Os dados do cartão corporativo foram revelados pela agência Fiquem Sabendo.
Foram ao todo 11 diárias em março de 2021 que custaram R$ 2.300 aos cofres públicos. Neste mesmo período, enquanto atuava de maneira remota na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, o filho 02 de Jair Bolsonaro foi às redes sociais criticar o isolamento social contra o coronavírus.
O MP do TCU faz fiscalização dos gastos públicos, mas não tem autorização para fazer investigações criminais. Por isso, é necessário repassar dados ao MPF (Ministério Público Federal).
"Considerando que os fatos relevam que podem existir outros personagens que se aproveitaram indevidamente dos recursos do cartão corporativo da Presidência da República, solicito, em complemento, a ampliação da apuração de forma a abarcar a responsabilização de todos os agentes públicos que se locupletaram com mordomias à custa do erário", escreveu Furtado.
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