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Comissão de Ética da Presidência vai tratar caso de ministro Juscelino
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Integrantes do governo afirmaram à coluna que o episódio em que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil-MA), utilizou um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) e ainda recebeu diárias do governo para participar de leilões de cavalos de raça vai ser analisado na próxima reunião da Comissão de Ética Pública da Presidência da República no dia 28 de março.
O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo e o ministro omitiu os compromissos da agenda pública do ministério. No início de fevereiro, o ministro da CGU, Vinicius Carvalho, informou que a pasta informou e cobrou os ministros para que mantivessem as agendas públicas atualizadas, já que é obrigatório. No âmbito administrativo, cabe à Comissão de Ética apurar esse tipo de episódio. A coluna apurou que os conselheiros tomaram ciência sobre a situação e decidiram debater o caso na próxima reunião. Como adiantou o UOL na semana passada, a medida estava sendo estudada.
Juscelino viajou no dia 26 de janeiro de Brasília com destino a São Paulo e no sistema interno a viagem foi chamada de "urgente". Segundo o jornal, o ministro fez duas horas e meia de compromissos oficiais.
No dia 26, na sede da operadora Claro, onde ficou por uma hora. Já no dia 27, na sexta-feira, ficou 30 minutos no escritório da Telebrás e mais uma hora na representação da Anatel. O restante do dia foi dedicado aos cavalos: assessorou compradores de animais, recebeu uma premiação e inaugurou uma praça em homenagem a um cavalo de seu sócio.
Segundo o Estadão, Juscelino Filho não informou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) um patrimônio de pelo menos R$ 2,2 milhões em cavalos de raça. Ao menos 12 animais criados em Vitorino Freire (MA) teriam sido omitidos da declaração de bens do deputado. A cidade maranhense é a mesma para a qual ele enviou dinheiro do orçamento secreto para asfaltar uma estrada que leva a fazendas de sua família.
O ministro publicou um vídeo nesta segunda-feira (6) dizendo que declarou os bens à Receita Federal e suas contas foram aprovadas assim como foram aprovadas na Justiça Eleitoral. Ele, porém, não disse por que não declarou os cavalos ao TSE.
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