Trump anuncia ajuda a asilos e culpa protestos por agravamento da pandemia
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Pelo segundo dia consecutivo em que adotou um tom mais realista, o presidente Donald Trump anunciou nesta quarta-feira o aumento de testes e verbas federais para asilos nos Estados Unidos. Com a perda de votos entre eleitores mais velhos, ele busca mostrar a um segmento do eleitorado que o ajudou a vencer em 2016 que está tomando medidas protetivas contra o coronavírus. A covid-19 tem sido mais letal nos asilos do país.
Trump também arrumou um jeito de apontar os protestos de maio e junho contra o racismo estrutural e a violência policial como um dos gatilhos para o recrudescimento da pandemia nos EUA. O outro gatilho, segundo ele, teriam sido jovens que se reuniram em bares pelo país afora em maio e junho, com a chegada do verão no Hemisfério Norte.
Acenando para o eleitorado conservador, ele se disse disposto a enviar tropas federais para combater a criminalidade em Chicago e em outras cidades americanas nas quais os índices de violência cresceram recentemente. Ameaçou agir em algum momento sem requisição de prefeitos democratas.
Trump voltou a recomendar o uso de máscara. Disse que, em 24 horas, avaliará se tornará o equipamento obrigatório em prédios federais. A hidroxicloroquina também foi abandonada nos discursos presidenciais. Agora, o remdesivir é a droga citada por Trump como mais eficaz no tratamento terapêutico da covid-19.
Indagado por um jornalista se seguiria a prefeita de Washington, Muriel Bowser, que determinou nesta quarta-feira a obrigatoriedade de máscara ao sair de casa na capital americana, Trump disse que cada governador decidiria de acordo com as circunstâncias. Afirmou que alguns tinham maior disposição para tornar as máscaras obrigatórias, mas fugiu da pergunta sobre tomar uma decisão em nível nacional.
O presidente americano chamou o coronavírus de "praga da China". Afirmou que a ordem para fechamento do consulado chinês em Houston, Texas, ocorreu devido a incêndios de eventuais documentos. Afirmou que não estava descartado ordenar novos fechamentos de missões diplomáticas chinesas no país.
Trump falou por cerca de 20 minutos. Mais uma vez, estava sozinho no palco sem os membros médicos da força-tarefa da Casa Branca. Com tom de voz moderado e assertivo, respondeu a poucas perguntas dos jornalistas. Ele procurou ser mais otimista do que ontem, quando admitiu que a pandemia pioraria antes de melhorar. Falou que uma luz já começa a aparecer, no sentido de vencer o coronavírus.
Fica cada vez mais evidente o uso da sala de briefings da Casa Branca como novo palanque para tentar se apresentar como o líder responsável que não foi durante os seis meses da pandemia nos EUA. Trump, que disputa a reeleição, está atrás do democrata Joe Biden nas pesquisas. A eleição acontecerá em 3 de novembro.
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